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Vídeos expõem repetição de abusos, e professor é detido por estupro de vulnerável em de Foz do Iguaçu

Direção identificou condutas recorrentes em sala de aula; suspeito negou e afirmou que situação seria “brincadeira”

Vídeos expõem repetição de abusos, e professor é detido por estupro de vulnerável em de Foz do Iguaçu Créditos: Imagem Ilustrativa/SEED

Imagens internas de um colégio estadual em Foz do Iguaçu revelaram que um professor praticou atos de natureza sexual contra dois alunos de 13 anos em diferentes dias, sempre no horário de almoço da unidade. O material levou à prisão em flagrante do docente na quarta-feira (26), após a confirmação de que as condutas se repetiam.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, a suspeita surgiu quando uma professora percebeu movimentação incomum por volta do meio-dia e avisou a equipe pedagógica. Ao acessar as câmeras da sala, a diretora auxiliar e a pedagoga flagraram o professor cometendo atos libidinosos com os adolescentes. Na sequência, revisaram gravações anteriores e confirmaram a recorrência das práticas. Parte dos vídeos foi copiada em pen drive e entregue à Polícia Militar.

A PM conduziu o professor à direção, deu voz de prisão e registrou que ele reagiu de forma exaltada, sendo algemado em seguida. Os adolescentes foram encaminhados à 6ª Subdivisão Policial acompanhados pela diretora, e o Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o atendimento às vítimas.

Em entrevista nesta sexta-feira (28), o delegado da Polícia Civil Geraldo Evangelista afirmou que as gravações “mostram claramente a prática dos atos” e que o professor foi autuado por estupro de vulnerável. O delegado relatou que o suspeito negou as acusações e alegou que tudo seria uma “brincadeira”. Evangelista também confirmou haver relato informal de que condutas semelhantes podem ter ocorrido em outros dias, hipótese que será investigada pelo Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crime), responsável por concluir o inquérito em até dez dias.

A prisão em flagrante foi homologada pela autoridade judicial, e o professor foi transferido para a Cadeia Pública Laudemir Neves, onde aguarda audiência de custódia. A Justiça avaliará se há fundamentos para decretar prisão preventiva. As gravações preservadas pela direção são tratadas como prova central, e o Nucria deverá ouvir servidores, alunos e eventuais testemunhas, além de analisar todo o material reunido pela escola.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná afirmou que “acompanha o caso, colabora com as investigações e adotará as medidas administrativas cabíveis”.

A defesa do professor não foi localizada até a publicação desta reportagem.

 

 

Créditos: Bruno Soares - Foz do Iguaçu Acesse nosso canal no WhatsApp