PF cumpre mandado de busca e apreensão contra assessor da PGR suspeito de vazamento de dados
Os agentes investigam a suspeita de que o servidor, ocupante de cargo comissionado, tenha repassado informações sigilosas do órgão a investigados

A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão em endereços ligados a Felipe Alexandre Wagner, assessor jurídico da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os agentes investigam a suspeita de que o servidor, ocupante de cargo comissionado, tenha repassado informações sigilosas do órgão a investigados. As informações são da revista Piauí.
Wagner tem trajetória vinculada à Operação Lava Jato. Antes de assumir posto na PGR, atuou como assessor jurídico no grupo de trabalho da força-tarefa e também junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. Em 2022, trabalhou sob a supervisão da procuradora Monique Cheker.
De acordo com a apuração, Wagner teria fornecido informações a investigados no Tocantins. Seu nome aparece em um diálogo entre o prefeito de Palmas, José Eduardo de Siqueira Campos, e Thiago Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador afastado Wanderlei Barbosa Castro.
O pedido de busca e apreensão partiu da própria PGR, que decidiu afastar Wagner de suas funções. A saída, contudo, ainda não foi formalizada no Diário Oficial da União.
A investigação é supervisionada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e também tem como alvos desembargadores, advogados e lobistas acusados de intermediar a venda de sentenças.
