O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, agradeceu nesta quarta-feira (29) o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para integrar o primeiro escalão do governo. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar do PSOL de São Paulo, eleito deputado federal com mais de 1 milhão de votos, afirmou que sua principal missão será “ajudar a colocar o governo na rua”, ouvindo e dialogando com a população em todas as regiões do país.

“Agradeço ao presidente Lula pelo convite para ser ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Minha principal missão será ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”, escreveu o novo ministro.

Boulos destacou ainda sua trajetória ligada aos movimentos sociais. “Minha grande escola de vida e de luta foi o movimento social brasileiro e levarei esse aprendizado agora ao Planalto. Presidente, sua confiança será honrada com muito trabalho”, acrescentou.

O novo ministro substitui Márcio Macêdo e assume a pasta responsável por articular o Palácio do Planalto com a sociedade civil, incluindo movimentos sociais, ONGs, entidades de classe e organizações de juventude. A Secretaria-Geral também é responsável por coordenar ações de participação popular e comunicação institucional do governo.

Trajetória

Aos 43 anos, Guilherme Simões Boulos tem uma trajetória marcada pelo ativismo urbano e pela militância em defesa da moradia. Nascido em São Paulo, no bairro de Pinheiros, em 19 de junho de 1982, é filho dos médicos e professores universitários Maria Ivete e Marcos Guilherme Boulos.

Durante o ensino médio, estudou em escola pública, onde começou a atuar no movimento estudantil e criou o grêmio da Escola Estadual Fernão Dias Paes. Aos 15 anos, participou de protestos e ações de alfabetização de jovens e adultos em comunidades paulistanas.

Boulos formou-se em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), é especialista em psicologia clínica pela PUC-SP e mestre em psiquiatria pela USP. Foi professor da rede pública e autor de livros como “Por que ocupamos?”, “De que lado você está?” e “Sem Medo do Futuro”.

Aos 19 anos, passou a integrar o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do qual se tornou uma das principais lideranças nacionais. Nesse período, conheceu sua companheira, Natália Szermeta, com quem tem duas filhas.

Filiado ao PSOL, ganhou projeção nacional ao disputar a Presidência da República em 2018, aos 35 anos, e concorreu à Prefeitura de São Paulo em 2020 e 2024. Em 2022, foi eleito deputado federal mais votado de São Paulo e o segundo mais votado do país.