Créditos: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A Polícia Federal prendeu preventivamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã deste sábado (22), em Brasília, no desfecho de uma semana marcada por avanços no processo que apura a trama golpista. O ex-chefe do Executivo, que estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, foi detido após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
A PF chegou à residência de Bolsonaro por volta das 6h, em comboio com pelo menos cinco viaturas. Cerca de 20 minutos depois, ele foi levado para a Superintendência da PF, onde permanecerá preso. A corporação afirmou, em nota, que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido para garantir a ordem pública.
A decisão do ministro ocorreu após a convocação de uma vigília organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para a noite deste sábado. Segundo a Polícia Federal, o ato poderia estimular mobilizações consideradas sensíveis em meio ao avanço das investigações.
Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão, foi detido de forma serena, embora visivelmente emocionado, conforme relatos de aliados. A defesa do ex-presidente, que na sexta-feira (21) pediu ao STF a manutenção da prisão domiciliar por motivos de saúde e “risco à vida”, ainda não se manifestou publicamente sobre a prisão preventiva.
