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Trump confirma operações secretas da CIA na Venezuela

Presidente dos EUA admite ação clandestina para pressionar o regime de Nicolás Maduro, que reage acusando Washington de tentar impor troca de governo

Trump confirma operações secretas da CIA na Venezuela Créditos: RS Fotos Públicas

O presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela, marcando uma forte escalada nos esforços dos Estados Unidos para pressionar o governo de Nicolás Maduro.

A informação havia sido antecipada pelo jornal The New York Times e, horas depois, confirmada por Trump em conversa com jornalistas na Casa Branca. O republicano afirmou que a Venezuela “está sentindo a pressão” e não descartou a possibilidade de operações em terra.

Segundo fontes ligadas às discussões sobre a Venezuela, Trump recebeu uma série de planos para enfraquecer o regime de Maduro. As ações, coordenadas com o general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, incluiriam operações de inteligência e movimentações militares próximas ao território venezuelano, sem invasão direta.

O objetivo, segundo os interlocutores, seria retirar Maduro do poder — preso ou morto — e enviar um sinal político à região de que Washington reagirá com firmeza ao que chama de avanço do crime organizado latino-americano.

Em Caracas, Nicolás Maduro rejeitou as acusações e afirmou que os Estados Unidos utilizam o argumento da segurança e do narcotráfico para justificar uma tentativa de “troca de regime” no país. O ditador venezuelano classificou as declarações de Trump como parte de uma ofensiva imperialista contra a soberania nacional.

Especialistas consultados pela Agência Brasil rejeitaram o rótulo de “narcoestado” atribuído pelo governo norte-americano à Venezuela. Segundo os analistas, apesar da crise econômica e institucional que atinge o país, não há elementos suficientes para enquadrar o Estado venezuelano como controlado por organizações criminosas.

A confirmação pública de Trump amplia as tensões entre os dois países e reacende o debate sobre o papel da CIA e das operações de inteligência norte-americanas na América Latina, região historicamente marcada por intervenções e disputas de influência.

Com informações da Agência Brasil, Folha de S. Paulo e Reuters

 
 
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