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Seleção Brasileira faz o grande clássico contra a Argentina nesta terça-feira

Brasil vem de uma vitória apertada sobre a Colômbia. Argentina só precisa de um empate para se garantir na Copa

Por Luciano Neves

Seleção Brasileira faz o grande clássico contra a Argentina nesta terça-feira Créditos: Rafael Ribeiro/CBF

Argentina e Brasil medem forças nesta terça-feira (25), pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O duelo está marcado para acontecer no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, às 21 horas. A Argentina vive melhor momento que o Brasil. O time comandado pelo técnico Lionel Scaloni tem 28 pontos e lidera a tabela das Eliminatórias. Na última rodada, os argentinos venceram o Uruguai, por 1 a 0, com gol de Thiago Almada. Isso significa que a Argentina só precisa de mais um empate para confirmar a vaga na Copa do Mundo do ano que vem. Para o confronto, Scaloni não conta com Nicolás González, que foi expulso nos acréscimos da última partida.

Do outro lado, o Brasil vem de uma vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia, com gols de Raphinha e Vini Júnior, no Mané Garrincha. O resultado deixou a Seleção com 21 pontos, na terceira posição, ficando a um ponto de distância do Equador e a sete da Argentino. O técnico Dorival Júnior terá mudanças na delegação para o confronto. Depois do duelo contra a Colômbia, o treinador perdeu Alisson, Bruno Guimarães, Gabriel Magalhães e Gerson. O goleiro precisou ser cortado depois de um forte choque na cabeça para seguir o protocolo Fifa de concussão. Bruno e Gabriel cumprem suspensão por acúmulo de amarelos, enquanto Gerson saiu com dores na coxa esquerda. Juntaram-se, no último sábado, ao grupo o goleiro Weverton, o zagueiro Beraldo e os meias João Gomes e Éderson.

Além disso o treinador brasileiro fará outras duas mudanças no time titular. Matheus Cunha entra no comando de ataque e Wesley assume a vaga na lateral direita. “Temos mudanças necessárias e definidas, mas estamos fazendo duas para a partida em si. O Matheus Cunha assumirá o lugar do João Pedro, além de Wesley no lugar do Vanderson”, declarou Dorival, durante a coletiva de imprensa.

 

Clássico

O jogo historicamente é marcado por grandes duelos, alguns deles até acima do tom normal de uma partida de futebol. Entretanto, o técnico Dorival Júnior quer um confronto respeitoso entre as equipes, limitado apenas ao campo. “É um grande clássico do futebol mundial. Vai haver luta sim, mas haverá respeito dentro de campo. Estamos indo jogar com a atual campeã do mundo e da Copa América. Tentaremos buscar um grande resultado, respeitando todas as condições e entendendo que uma partida é resolvida dentro de campo. Será um grande duelo, mas que será resolvido ainda nas quatro linhas”, disse o treinador, em entrevista coletiva concedida ontem.

Além disso, Dorival enxerga que o futebol entre seleções está cada vez mais nivelado, prevendo um jogo equilibrado e duro para o Brasil em Buenos Aires. “O jogo da Argentina, assim como o nosso, foi decidido por um chute de fora da área. Eu entendo que o futebol de seleções está muito igual, não existe um teto para ninguém. Temos processos a serem respeitados e é isso que fazemos a cada momento. Coisas boas já aconteceram”, declarou Dorival.

 

Titular

Visando o jogo contra a Argentina, pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, Matheus Cunha relembrou suas partidas contra os “hermanos”. Além disso, o atacante, presente em convocações desde 2020, falou sobre as diferentes comissões em que trabalhou e exaltou Dorival Júnior, apontando “evolução” do técnico. “Jogar contra eles é mágico. Fico muito feliz de que sou parte do elenco novamente nesse clássico. É um peso diferente de tudo, temos que nos impor e mostrar quem é a Seleção Brasileira. Minhas lembranças contra a Argentina são maravilhosas, eu nunca perdi para eles”, disse Matheus Cunha em coletiva de imprensa.

Parte do elenco que ganhou o ouro nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021, Matheus Cunha relembrou a partida que qualificou o Brasil ao torneio, em uma vitória por 3 a 0 contra a Argentina, com dois gols dele. “O momento em que marco os dois gols contra eles é um marco da minha passagem da adolescência para a vida adulta. Pude ajudar o Brasil a chegar às Olimpíadas”, ressaltou.

O atacante do Wolves relembrou a passagem de Tite na Seleção Brasileira, mas não poupou elogios para o trabalho atual de Dorival Júnior: “Quando trabalhei com o Tite, era um período de mais estabilidade. Todos estavam bem adaptados, muito pelo tempo de trabalho”. "Porém, é uma questão de trabalho, e apesar do pouco tempo (do Dorival), estamos numa evolução grande. Precisamos ter o máximo de resultado, mas há uma adaptação de tudo, desde a tática até a forma, para ter essas vitórias. A evolução é gradativa", completou Matheus Cunha.

 

Créditos: Gazeta Esportiva