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Polícia Civil conclui inquérito sobre incêndio no Edifício João Batista em Cascavel e aponta causa indeterminada

O laudo pericial foi entregue nesta segunda-feira (23) indicou que o fogo provavelmente teve início na cozinha, nas proximidades da geladeira e do armário. Os peritos não encontraram sinais de curto-circuito ou falhas elétricas

Por Eliane Alexandrino

Polícia Civil conclui inquérito sobre incêndio no Edifício João Batista em Cascavel e aponta causa indeterminada Créditos: Assessoria

A Polícia Civil de Cascavel concluiu o inquérito sobre o incêndio registrado em um apartamento, em 14 de outubro passado no Edifício João Batista, localizado no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no Bairro Country. A investigação foi encerrada após a entrega do laudo técnico elaborado pela Polícia Científica, que analisou as causas e circunstâncias do sinistro.

Segundo o delegado Ian Leão, responsável pelo caso, o atendimento inicial foi realizado pelo Grupo de Diligências Especiais no 13º andar, apartamento 303. A partir daí, a equipe passou a trabalhar com três hipóteses: incêndio doloso, culposo ou acidental. “O fato estava sendo apurado sem descartarmos nenhuma possibilidade”, afirmou.

O laudo pericial foi entregue nesta segunda-feira (23) indicou que o fogo provavelmente teve início na cozinha, nas proximidades da geladeira e do armário. Os peritos não encontraram sinais de curto-circuito ou falhas elétricas que justificassem o início das chamas, tampouco a presença de aceleradores ou focos múltiplos. “Esses elementos afastaram a hipótese de incêndio doloso, de que alguém pudesse ter entrado e provocado o fogo de forma intencional”, explicou o delegado.

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Mesmo com a análise técnica, a causa exata da ignição não pôde ser determinada. Depoimentos colhidos durante a investigação corroboraram essa conclusão. “O perito afirma que não foi possível identificar a fonte que deu origem às chamas”, destacou Leão.

Com base nas informações reunidas, a Polícia Civil opinou pelo arquivamento do inquérito por se tratar de fato atípico. O procedimento foi enviado ao Ministério Público, que decidirá se solicitará novas diligências ou promoverá o arquivamento. A decisão final caberá ao Poder Judiciário.

O trabalho do Corpo de Bombeiros do Paraná foi essencial para evitar que o incêndio se alastrasse para outros apartamentos. As equipes encontraram fogo intenso no último pavimento, com grande emissão de fumaça e risco de propagação. No interior do imóvel atingido havia três vítimas: uma mulher de 51 anos, uma criança de 4 anos e outra pessoa resgatada em estado grave pelos bombeiros. Todas foram encaminhadas para atendimento hospitalar. Dois militares, o 1º sargento Edemar de Souza Migliorini e o cabo Leandro Batista, também sofreram ferimentos durante o resgate.

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Relembre o caso

Três pessoas estavam no apartamento no momento do incêndio. O caso ganhou repercussão nacional após as imagens mostrarem Juliane Suellem Vieira dos Reis retirando a mãe, Sueli Vieira dos Reis, e o primo Pietro José Dalmagro em meio à fumaça em cima de uma estrutura do ar condicionado. Juliane segue internada na UTI, no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário, em Londrina.

A torre 1 do residencial precisou ser evacuada, e diversos vizinhos e populares arriscaram-se na tentativa de salvar vidas antes da chegada do Corpo de Bombeiros. Juliane chegou a aparecer sobre a estrutura do ar-condicionado, ajudando a retirar mãe e criança pela janela e entregando-as para moradores do andar inferior. Na sequência, ela retornou ao apartamento em chamas e foi retirada por bombeiros que também ficaram feridos.

Sueli Vieira dos Reis, Pietro José Dalmagro receberam alta e seguem o tratamento em casa.

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