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Moro evita comentar denúncia contra presidente do União Brasil citado em investigação da PF

O nome de Rueda surgiu em depoimento de um piloto à PF após a operação que revelou a presença do PCC no setor de combustíveis

Moro evita comentar denúncia contra presidente do União Brasil citado em investigação da PF Créditos: Divulgação/União Brasil

 

O senador paranaense Sergio Moro (União Brasil) evitou se manifestar sobre a denúncia que envolve o presidente nacional do seu partido, Antônio Rueda, citado em investigação da Polícia Federal sobre a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A apuração aponta que Rueda seria sócio oculto de empresas donas de jatos executivos usados por integrantes do grupo. As informações foram divulgadas pelo site Plural.

O nome de Rueda surgiu em depoimento de um piloto à PF após a operação que revelou a presença do PCC no setor de combustíveis. Segundo ele, as aeronaves utilizadas por dois fugitivos da polícia pertencem a uma empresa ligada ao dirigente partidário. Rueda negou qualquer relação com o crime organizado.

Em nota oficial, o União Brasil expressou solidariedade ao presidente e afirmou que a divulgação das informações ocorreu após a decisão da legenda de deixar cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O partido atribuiu as denúncias a um possível uso político do aparato estatal para enfraquecer sua atuação independente.

Procurado, Moro informou por meio de sua assessoria que não comentaria o caso, reiterando a posição oficial da legenda. No início de setembro, o senador esteve ao lado de Rueda quando assumiu a presidência estadual do União no Paraná.

A postura do ex-juiz contrasta com sua trajetória à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba. Em 2013, Moro determinou a prisão de 11 pessoas, incluindo dez agricultores que posteriormente foram inocentados. Mesmo sem provas e contra manifestação do Ministério Público Federal, alguns ficaram presos por até 90 dias, o que levou a União a ser processada.

Na quinta-feira (18), a Executiva Nacional do União Brasil reforçou sua posição, determinando que todos os filiados desliguem-se em até 24 horas dos cargos comissionados no governo federal, sob pena de infidelidade partidária. A legenda ocupa, entre outros postos, o Ministério do Turismo, comandado por Celso Sabino.

Nota do União Brasil

Na manifestação oficial, o partido afirmou que as acusações contra Rueda são “infundadas, prematuras e superficiais”, e que a coincidência do momento em que surgiram “reforça a percepção de uso político da estrutura estatal”. A legenda garantiu que seguirá atuando “em sintonia com os anseios da sociedade brasileira” e que não se intimidará diante do que classifica como tentativa de ataque a seus dirigentes.

Com informações do Plural. 

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