As tensões no Oriente Médio voltaram a escalar neste fim de semana com novos ataques do Irã contra alvos em Israel. Segundo a mídia estatal persa, o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica realizou uma série de operações militares entre a noite de sábado (14) e a madrugada deste domingo (15), que teriam resultado na derrubada de dez aeronaves militares israelenses, além do bombardeio de instalações de produção de combustível para caças, linhas de fornecimento de energia e na interceptação de um destróier britânico que se aproximava do Golfo Pérsico pelo Oceano Índico.
O comandante da Base de Defesa Aérea do Irã, Khatam Al-Anbiya, confirmou à agência iraniana Mehr a destruição das aeronaves, embora não tenha fornecido detalhes sobre as ações ou os métodos utilizados. Até o momento, o Exército de Israel não comentou oficialmente as alegações.
De acordo com o Brigadeiro-General Ali Mohammad Naeini, porta-voz do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, os ataques foram realizados com um grande número de drones e mísseis, atingindo alvos estratégicos dentro do território israelense. Em entrevista à Press TV, emissora estatal iraniana, Naeini afirmou que os bombardeios visaram enfraquecer a capacidade militar e logística de Israel.
A nova ofensiva deixou pelo menos 10 mortos, elevando o número total de vítimas fatais em Israel para 13 desde o início dos ataques retaliatórios iranianos. Mais de 390 pessoas ficaram feridas, segundo os serviços de emergência israelenses. Os mísseis atingiram inclusive áreas residenciais no norte do país, uma região que até então não havia sido alvo direto dos confrontos.
O ataque marca o quarto dia consecutivo de confrontos intensos entre Irã e Israel, em uma escalada que preocupa a comunidade internacional e ameaça se transformar em um conflito regional de grande escala.
Até o momento, não há confirmação independente dos números divulgados pela imprensa iraniana, e o cenário permanece altamente volátil, com alertas de novos ataques a qualquer momento.