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Medicamentos vão ficar mais caros a partir de segunda-feira

O reajuste anual é de 5,06% e foi aprovado pela Câmara de Regulação de Medicamentos. Apesar da alta o aumento anual, este,  é o menor nos últimos três anos.

Medicamentos vão ficar mais caros a partir de segunda-feira Créditos: Agência Brasil

 

Se tem algo em que os brasileiros são bons, é em equilibrar o orçamento familiar. E nos últimos meses, a arte do equilíbrio tem sido essencial para manter as despesas em dia.

Algumas medidas anunciadas pelo governo federal no começo do mês, na tentativa de limitar o aumento dos preços dos alimentos, ainda não surtiram efeito. A dona de casa e aposentada Maria Salustiana tem um gasto total de 45% de sua renda na compra de medicação e mais 50% em alimentação.

“Eu gasto todos os meses cerca de R$ 550,00 com medicação na farmácia. São remédios que não consigo adquirir pela Farmácia Popular. Tenho problemas cardíacos e não posso de jeito nenhum ficar sem ou falhar. O restante da minha aposentadoria também é comprometido com alimentação e despesas eventuais. Está muito difícil comer e comprar remédio hoje em dia”, critica a aposentada.

O consumidor deverá preparar mais o bolso, já que, a partir da próxima segunda-feira (31), os medicamentos ficarão mais caros. O percentual pode alcançar o teto de 5,06% e foi aprovado pela CMED (Câmara de Regulação de Medicamentos). O reajuste responde à inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) nos últimos 12 meses, encerrados em fevereiro passado.

Em 2024, o teto máximo foi de 4,5%, o menor patamar desde 2020, período da pandemia, quando atingiu 10,8% em 2021 e 2022 (em 2023, atingiu 5,6%). O percentual de reajuste é anual, e o cálculo é feito com base na inflação. Apesar do acréscimo, este tem sido um dos menores percentuais dos últimos três anos.

Em nota, o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) afirma que a grande concorrência entre as empresas do setor farmacêutico regula e segura os preços dos remédios.

“Os fabricantes e farmácias podem optar por repassar o reajuste de forma gradual ou absorver parte dos custos. Também há medicamentos com os mesmos princípios ativos, de laboratórios diferentes, que são comercializados. Isso favorece a concorrência e ajuda a segurar os preços”, afirma o Sindusfarma.

Como economizar?

Os especialistas indicam que para comprar a medicação mais barata, em alguns casos, podem ser feitas a troca dos remédios de referência para genéricos que têm a mesma eficácia comprovada e com versões mais acessíveis. 

Outra opção é uso do programa federal, como: Farmácia Popular, vários medicamentos de uso contínuo são disponibilizados gratuitamente, através de receita médica. E claro, o consumidor pode fazer uma comparação de preço entre os estabelecimentos antes de fazer compra. 

Eliane Alexandrino/Gazeta do Paraná

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