O ex-prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, afirmou que, após quase 22 anos, a verdade prevaleceu sobre uma denúncia política que resultou em sua condenação, em primeira instância, devido à contratação de uma associação beneficente que prestou serviço ao Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Paraná (Ipem-PR), quando ele presidiu o órgão. Nesta terça-feira (18), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) anulou, por unanimidade, a sentença.

“Tive muitos momentos de felicidade nesses 58 anos de vida, mas confesso que hoje foi um dia muito especial para mim. Mais de duas décadas sofrendo por uma acusação que não era verdadeira”, afirmou.

Paranhos assumiu o cargo em 2003 e, no ano seguinte, a pedido do então governador Roberto Requião, se afastou para disputar as eleições municipais. Após o período eleitoral, ele retornou ao órgão, onde já encontrou o convênio assinado.

De acordo com Paranhos, ele não encerrou o convênio e comunicou ao Inmetro, órgão gestor, que ficaria com o contrato apenas até o fim do ano. Contudo, segundo o ex-prefeito, devido à sua candidatura nas eleições de 2006, uma denúncia política deu início a uma investigação, que resultou em sua condenação em primeira instância.

Durante essas duas décadas, a cada nova eleição, seus opositores traziam o assunto à tona. Mesmo diante de ataques, alguns bastante sorrateiros, a população sempre confiou nas ações de Paranhos, elegendo-o duas vezes deputado estadual e outras duas como prefeito. “Não foi fácil para mim ter que me defender todas as vezes que fui atacado. Acredito primeiro em Deus e também na Justiça. Ela pode demorar, mas não falha”, disse.