Estudantes estrangeiros que desejam estudar em faculdades dos Estados Unidos deverão tornar públicos seus perfis em redes sociais para que o governo norte-americano possa realizar uma verificação completa antes da emissão do visto. A nova orientação foi enviada pelo Departamento de Estado dos EUA às embaixadas ao redor do mundo nesta quarta-feira (18).

O comunicado estabelece que os perfis deverão ser analisados por agentes consulares para identificar possíveis postagens com atitudes hostis aos cidadãos, à cultura, ao governo ou aos princípios fundadores dos Estados Unidos. Também serão alvo da checagem conteúdos que indiquem apoio ao terrorismo ou manifestações de antissemitismo.

A medida afeta diretamente os candidatos ao visto das categorias F, M e J – utilizadas para intercâmbio e estudos acadêmicos.

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“O Departamento de Estado exige que os funcionários consulares realizem uma verificação abrangente da presença on-line dos solicitantes, com foco em ameaças à segurança nacional, discursos de ódio e apoio ao terrorismo”, diz trecho da orientação divulgada à imprensa.

A emissão de vistos estudantis já havia sido suspensa temporariamente no dia 27 de maio deste ano. À época, universidades como Harvard e Yale interromperam entrevistas com candidatos internacionais. Em declaração polêmica, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou:

“Ninguém tem direito a um visto de estudante. Isso é como ser convidado para a minha casa. Se você entrar e sujar meu sofá, eu te expulso.”

Desde o governo de Donald Trump, os Estados Unidos vêm endurecendo as políticas migratórias, inclusive com ações frequentes da polícia de imigração contra estrangeiros em situação irregular.

Com informações do Portal Metrópoles