Temporal impede transferência aérea de vítima de incêndio em Cascavel
Advogada de 28 anos, com queimaduras graves em 77% do corpo, seria levada de avião ao Hospital Universitário de Londrina, mas instabilidade climática suspendeu o voo

A transferência da advogada Juliane Suellem Vieira dos Reis, de 28 anos, vítima do incêndio que destruiu parte de um apartamento no Edifício João Batista, em Cascavel, foi adiada na tarde de quinta-feira (16) por conta de um temporal que atingiu a cidade. Ela sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus em 77% do corpo e permanece em estado crítico de saúde.
Juliane havia deixado a UTI do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) às 15h24, sendo encaminhada em uma ambulância do Samu até o Aeroporto Regional de Cascavel para o transporte aéreo ao Hospital Universitário de Londrina, referência no tratamento de queimados. Porém, após o embarque, a equipe médica precisou suspender o voo devido às fortes rajadas de vento, que chegaram a 110,5 km/h, segundo o Simepar. Diante das condições adversas, a paciente retornou ao HUOP, e a nova data da transferência ainda não foi confirmada.
De acordo com informações do hospital, a vítima recebeu todos os cuidados previstos no protocolo de atendimento a queimados graves enquanto permaneceu internada em Cascavel. A nota divulgada pela instituição reforça que a transferência “foi organizada assim que houve confirmação de vaga em Londrina”, envolvendo diversas equipes médicas e logísticas para garantir a segurança e estabilidade da paciente durante o deslocamento.
O incêndio que deixou Juliane ferida foi registrado por volta das 6h45 da manhã de quarta-feira (15), na torre 1 do Edifício João Batista Cunha, localizado no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, na área central da cidade.
Juliane conseguiu retirar da área de risco sua mãe, Sueli Vieira dos Reis, de 51 anos, e o primo de segundo grau, Pietro José Dalmagro, de 4 anos. Ambos foram entregues a moradores do 12º andar, que colaboravam com o resgate. Após salvar os dois, a advogada retornou ao apartamento tomado pelas chamas, sendo posteriormente resgatada pelos bombeiros, que também se feriram durante o atendimento.
Quando foi retirada do local, a vítima apresentava sinais de inalação de fumaça e fuligem na boca, o que agravou seu quadro clínico. O incêndio segue sendo investigado pela Polícia Civil, que trabalha para apurar as causas do incidente e as circunstâncias do início do fogo.
