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Professoras de Curitiba aprovam estado de greve por progressão na carreira

A decisão tem como principal objetivo pressionar a administração para ampliar o acesso ao crescimento vertical na carreira

Por Da Redação

Professoras de Curitiba aprovam estado de greve por progressão na carreira Créditos: Sismmac

Em uma mobilização que reflete o descontentamento com as políticas salariais adotadas pela Prefeitura de Curitiba nos últimos anos, professoras e professores da rede municipal aprovaram na última sexta-feira (27) um estado de greve. A decisão foi tomada ao final do XIV Congresso do magistério municipal e tem como principal objetivo pressionar a administração para ampliar o acesso ao crescimento vertical na carreira.

Atualmente, a legislação municipal impõe um limite: apenas 20% dos profissionais que atingem os critérios exigidos têm direito à progressão por ano. Para o magistério, essa limitação compromete a valorização da categoria e impede que as professoras e professores tenham acesso a um dos poucos mecanismos efetivos de melhoria salarial ao longo do tempo.

O crescimento vertical está represado desde 2017, quando o prefeito Rafael Greca (PSD) congelou os planos de carreira de todo o funcionalismo. Desde então, sindicatos e servidores tentam retomar os direitos previstos, mas encontram resistência por parte da administração municipal.

Durante o Congresso, organizado pelo Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), também foi aprovada a refiliação do sindicato à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), fortalecendo os vínculos da categoria com o movimento sindical nacional da educação.

Além da pauta central da progressão na carreira, os profissionais aprovaram um calendário de mobilizações que inclui atos públicos, audiência na Câmara de Vereadores, articulações com movimentos sociais e pressão direta sobre a Secretaria Municipal de Educação (SME).

Outras demandas emergenciais também foram incorporadas à luta, como a revogação do confisco nas aposentadorias e pensões, a realização de concursos públicos para inspetores e professores Docência I, a possibilidade de mudança de área de atuação para pedagogia escolar, a garantia de profissionais de apoio e a redução do número de estudantes por turma.

Com o estado de greve aprovado, a categoria inicia uma nova fase de mobilização em defesa da valorização profissional e da qualidade da educação pública em Curitiba.

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