GCAST

Por que música do filme Pocahontas virou hino contra Trump

A música Colors of the Wind, do filme Pocahontas, ganhou um significado próprio após 30 anos do lançamento do longa-metragem

Por Gazeta do Paraná

Por que música do filme Pocahontas virou hino contra Trump

A música “Colors of the Wind”, trilha sonora do clássico da Disney Pocahontas (1995), voltou ao centro dos debates culturais quase três décadas após sua estreia. O single, premiado com o Oscar e o Grammy, foi ressignificado nas redes sociais e está sendo usado como hino de protesto contra Donald Trump e outras pautas contemporâneas.

A estudante norte-americana Lanie Pritchett viralizou recentemente ao postar um vídeo em que dublava um trecho da canção, expressando insatisfação com a segunda posse de Trump. “Você acha que as únicas pessoas que são pessoas são aquelas que se parecem e pensam como você / Mas se você seguir os passos de um estranho, aprenderá coisas que nunca soube, que nunca soube”, diz a letra, que foi usada como crítica social e política.

O vídeo de Lanie desencadeou uma onda de reinterpretações de “Colors of the Wind” nas redes, principalmente no TikTok, onde usuários passaram a utilizar a música para abordar temas como imigração, Oriente Médio, Black Lives Matter, exploração de petróleo, além de protestos contra Elon Musk. Até a cantora Ellie Goulding se juntou ao movimento, compartilhando sua própria versão e afirmando: “As cores do vento me radicalizaram”.

Apesar das críticas modernas ao filme Pocahontas, a trilha sonora se descolou da produção original e ganhou força como um símbolo de resistência das gerações millennial e Z. Escrita em 1992 por Alan Menken e Stephen Schwartz, a música foi concebida para abordar questões ambientais, conforme o próprio Menken destacou em entrevista: “Tínhamos um desejo consciente de que o tema central fosse a proteção do meio ambiente. É uma das questões vitais da nossa época”.

Com a repercussão, “Colors of the Wind” reafirma seu legado não só como um marco da Disney, mas como uma canção atemporal para debates sobre diversidade e justiça social.

Acesse nosso canal no WhatsApp