Após sete semanas de julgamento, o júri federal que analisa as acusações contra o produtor musical Sean “Diddy” Combs chegou nesta quarta-feira (26) a vereditos sobre quatro das cinco acusações que pesam contra o artista. No entanto, os jurados permanecem divididos quanto ao crime mais grave: conspiração para racketeering, que pode resultar em pena de prisão perpétua.

O julgamento ocorre em um tribunal federal de Manhattan e envolve acusações de tráfico sexual, transporte para fins de prostituição e conspiração criminosa. Os crimes envolvem supostas vítimas como a cantora Cassie Ventura, ex-namorada do artista, e outra mulher identificada apenas como “Jane”. As denúncias relatam episódios que vão de abuso psicológico a transporte interestadual para fins sexuais.

O impasse no júri foi comunicado ao juiz Arun Subramanian, que solicitou às partes que apresentem alternativas para prosseguir com o caso. Entre as possibilidades estão a realização de novas deliberações, para tentar alcançar consenso, ou a aceitação de um veredito parcial, declarando “hung jury” (júri sem consenso) especificamente em relação à acusação de racketeering.

As penas previstas são severas: além da possibilidade de prisão perpétua para a acusação de conspiração criminosa, os crimes de tráfico sexual preveem no mínimo 15 anos de reclusão, e os de transporte para prostituição, até 10 anos cada.

Diddy se declarou inocente de todas as acusações e rejeitou acordos antes do julgamento. O caso atrai atenção internacional e pode representar um marco na relação entre a indústria do entretenimento e a responsabilização criminal de figuras públicas envolvidas em crimes sexuais.

O desfecho do julgamento, que continua nos próximos dias, pode definir o futuro de uma das personalidades mais influentes da música norte-americana contemporânea.

Com informações do Portal UOL