corbelia setembro

Parlamentares são investigados por suposto envolvimento em fraude bilionária no INSS, diz presidente da CPMI

Carlos Viana afirma que ao menos 20 políticos, incluindo três mineiros, aparecem em apurações sobre descontos ilegais em benefícios

Parlamentares são investigados por suposto envolvimento em fraude bilionária no INSS, diz presidente da CPMI Créditos: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que ao menos 20 parlamentares estão sob investigação por suposto envolvimento no esquema de descontos ilegais em benefícios previdenciários. Entre os citados, segundo ele, há senadores, deputados federais e estaduais de pelo menos 17 estados – incluindo três representantes de Minas Gerais no Congresso Nacional.

A declaração foi feita em entrevista ao jornal O TEMPO, exibida neste sábado (15/11), no canal da emissora no YouTube. Viana afirmou que os nomes surgiram em diferentes ações da Polícia Federal e do Ministério Público, que identificaram depósitos suspeitos e assessores recebendo valores ligados ao esquema. A fraude teria causado prejuízo mínimo de R$ 6 bilhões ao INSS.

Um dos investigados é o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG). Na nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada na quinta-feira (13/11), a PF apontou que o parlamentar teria recebido R$ 14,7 milhões da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), entidade suspeita de efetuar descontos irregulares em benefícios. Pettersen afirma estar à disposição das autoridades e disse já ter sido alvo de outras investigações, das quais saiu sem condenações.

Convocações dependem de provas

Sobre a possibilidade de convocar parlamentares para depor na CPMI, Viana disse que qualquer decisão deve ser embasada em evidências robustas. Ele afirmou que há uma delação premiada em andamento e outra em negociação, e que esses depoimentos serão fundamentais para definir quem será chamado.

“Para chamar um parlamentar, eu preciso de provas, porque isso gera uma discussão da imagem da pessoa. Não queremos prejudicar ninguém sem base concreta”, declarou o senador.

Com informações do Jornal O Tempo

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