Namorou o próprio meio-irmão sem saber: jovem descobre fraude de fertilidade após teste de DNA
Caso real nos Estados Unidos expõe falhas na regulação de clínicas de reprodução assistida e levanta alerta sobre possíveis casos de incesto involuntário
Por Da Redação

Uma jovem americana descobriu, por acaso, que havia namorado seu meio-irmão durante o ensino médio. O caso veio à tona depois que Victoria Hill, de Connecticut (EUA), realizou um teste de DNA popular para conhecer sua ancestralidade e se deparou com um resultado devastador: o homem que ela acreditava ser seu pai biológico não era quem ela imaginava. O caso foi revelado em 2024 pela CNN.
A revelação a levou a uma investigação pessoal que expôs uma verdade ainda mais chocante: sua mãe havia recorrido a um tratamento de fertilidade nos anos 1980 e fora inseminada, sem saber, com o esperma do próprio médico que a atendeu.
Com a ajuda de bancos de dados genéticos, Victoria descobriu que tinha pelo menos 23 meio-irmãos, fruto da mesma prática fraudulenta. Entre eles, estava seu ex-namorado da adolescência. “Ele foi meu primeiro amor”, disse Victoria em entrevista, “e só depois de adulta percebi que éramos filhos do mesmo homem”.
O médico responsável pelo procedimento, que já está aposentado, nunca foi criminalizado, o que expõe um vácuo legal nos Estados Unidos. Em boa parte do país, ainda não há leis federais que tipifiquem como crime o uso não autorizado de material genético por médicos de fertilização.
O caso de Victoria ganhou destaque nacional após reportagens da CNN e da afiliada da NBC WSFA, e virou símbolo da luta por leis que coíbam a chamada “fraude de fertilidade”. O debate reacende a discussão sobre os riscos de doações anônimas e a necessidade de controle mais rigoroso sobre clínicas de reprodução assistida.
