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Marcio Pacheco confronta obrigatoriedade da vacina em crianças com dados da própria SESA

Segundo relatório da SESA, das 41 mortes, 37 são de maiores de 60 anos

Por Gabriel Porta Martins

Marcio Pacheco confronta obrigatoriedade da vacina em crianças com dados da própria SESA Créditos: Assessoria Parlamentar

A Assembleia Legislativa do Paraná recebeu na manhã de quarta-feira (23) uma reunião entre o Conselho Estadual de Saúde do Paraná (CES-PR), a Comissão e o Bloco Parlamentar Temático de Saúde Pública para debater a eficácia e a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19. O encontro foi solicitado pelo próprio órgão colegiado após os deputados Ricardo Arruda (PL) e Marcio Pacheco (PP) questionarem a eficácia e a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 para crianças durante discursos na tribuna da Alep.

Marcio Pacheco (PP) frisou que a sua oposição é restrita à obrigatoriedade, ressaltando que é favorável à realização de campanhas e a recomendação do imunizante contra a Covid-19. No entanto, ele crê que é justamente a obrigatoriedade que gera a hesitação vacinal – quando há recusa ou atraso para se vacinar quando o imunizante está disponível. “Os pais estão com medo da vacina do Covid-19 e estão deixando de fazer as outras vacinas também”, afirmou.

 Pacheco também apresentou dados do Informe Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde – SESA. “Nas páginas 06 e 07 estão os números que mostram que de 41 mortes, 37 são em pessoas com 60 ano ou mais. O que justifica obrigar a vacinação em crianças?”, disse o deputado Pacheco, de posse das tabelas onde estão listados os óbitos por covid no primeiro trimestre de 2025.

O deputado criticou ainda a cláusula, prevista em contratos firmados com laboratórios que produzem imunizantes, que prevê isenção de responsabilidade das fabricantes em casos de morte ou outras complicações decorrentes da vacina. “Aqui está o foco, as pessoas têm medo do que não está claro”.