Marcio Pacheco confronta obrigatoriedade da vacina em crianças com dados da própria SESA
Segundo relatório da SESA, das 41 mortes, 37 são de maiores de 60 anos

A Assembleia Legislativa do Paraná recebeu na manhã de quarta-feira (23) uma reunião entre o Conselho Estadual de Saúde do Paraná (CES-PR), a Comissão e o Bloco Parlamentar Temático de Saúde Pública para debater a eficácia e a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19. O encontro foi solicitado pelo próprio órgão colegiado após os deputados Ricardo Arruda (PL) e Marcio Pacheco (PP) questionarem a eficácia e a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 para crianças durante discursos na tribuna da Alep.
Marcio Pacheco (PP) frisou que a sua oposição é restrita à obrigatoriedade, ressaltando que é favorável à realização de campanhas e a recomendação do imunizante contra a Covid-19. No entanto, ele crê que é justamente a obrigatoriedade que gera a hesitação vacinal – quando há recusa ou atraso para se vacinar quando o imunizante está disponível. “Os pais estão com medo da vacina do Covid-19 e estão deixando de fazer as outras vacinas também”, afirmou.
Pacheco também apresentou dados do Informe Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde – SESA. “Nas páginas 06 e 07 estão os números que mostram que de 41 mortes, 37 são em pessoas com 60 ano ou mais. O que justifica obrigar a vacinação em crianças?”, disse o deputado Pacheco, de posse das tabelas onde estão listados os óbitos por covid no primeiro trimestre de 2025.
O deputado criticou ainda a cláusula, prevista em contratos firmados com laboratórios que produzem imunizantes, que prevê isenção de responsabilidade das fabricantes em casos de morte ou outras complicações decorrentes da vacina. “Aqui está o foco, as pessoas têm medo do que não está claro”.