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Maduro diz que Venezuela tem 5 mil mísseis russos prontos para defesa contra os EUA

Em discurso televisionado, o presidente venezuelano afirmou que o país está preparado para responder a possíveis ameaças militares e destacou o arsenal de mísseis Igla-S

Maduro diz que Venezuela tem 5 mil mísseis russos prontos para defesa contra os EUA Créditos: Reprodução Internet

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que o país possui 5 mil mísseis antiaéreos portáteis do modelo Igla-S, de origem russa, e que está pronto para reagir diante do que chamou de “ameaça militar” dos Estados Unidos. A fala foi feita durante pronunciamento transmitido pela televisão estatal na noite de quarta-feira (22).

Segundo Maduro, os mísseis representam uma “força de dissuasão” contra qualquer tentativa de intervenção estrangeira. “As forças armadas da Venezuela contam com milhares de Igla-S, reconhecidos mundialmente por sua capacidade de neutralizar aeronaves inimigas em baixa altitude”, disse o presidente.

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O Igla-S é um míssil portátil de curto alcance, utilizado para abater aviões e helicópteros em operações de defesa aérea. O equipamento já foi empregado em exercícios militares venezuelanos anteriores, conduzidos sob orientação direta de Maduro, em resposta à presença norte-americana na região do Mar do Caribe.

Tensão crescente no Caribe

Nos últimos meses, Washington reforçou sua atuação militar na área, enviando sete navios e caças de combate sob a justificativa de intensificar o combate ao tráfico de drogas. Desde o início de setembro, as forças dos EUA realizaram ao menos sete ofensivas na região, com um saldo de 32 mortos, segundo informações divulgadas por agências internacionais.

O aumento da presença militar americana foi interpretado por Caracas como um movimento de intimidação. Em reação, Maduro tem reforçado o discurso de defesa nacional e o alinhamento estratégico com países como Rússia, China e Irã.

Acusações e resposta de Caracas

Em meados de outubro, o então presidente norte-americano Donald Trump anunciou que havia autorizado a CIA a realizar operações clandestinas voltadas à Venezuela, o que ampliou o clima de tensão diplomática entre os dois países.

O governo dos Estados Unidos acusa Maduro e membros de seu alto escalão de participarem de uma rede internacional de narcotráfico, utilizando rotas marítimas e aéreas controladas pelo regime. Caracas, por outro lado, nega as acusações e afirma que Washington busca justificar uma tentativa de mudança de regime e tomar o controle das reservas de petróleo venezuelanas, uma das maiores do planeta.

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