Influenciadora fitness fica paralisada após picada de carrapato
Maria Palen contraiu doença de Lyme, que evoluiu para inflamação grave na medula espinhal
Por Gazeta do Paraná

A influenciadora fitness Maria Palen, de 31 anos, ficou paralisada da cintura para baixo após ser picada por um carrapato e contrair a doença de Lyme. A história da norte-americana viralizou nas redes sociais após ela compartilhar seu processo de recuperação e os impactos da doença em sua rotina.
Conhecida por seus conteúdos sobre treinos e alimentação vegetariana, Maria começou a sentir fortes dores no corpo, fadiga extrema e dificuldade para realizar tarefas simples, como girar o volante do carro. A busca por respostas levou ao diagnóstico de mielite transversa aguda, uma inflamação na medula espinhal causada por complicações da doença de Lyme não tratada.
“Ficou tão ruim que algo tão simples como bloquear meu celular se tornou um momento de agonia”, relatou Maria em um vídeo publicado no Instagram. Atualmente, ela segue paralisada da cintura para baixo, mas segue documentando seu processo de reabilitação e conscientizando seus seguidores sobre a gravidade da enfermidade.
Entenda a doença de Lyme
A doença de Lyme é causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, transmitida por carrapatos do gênero Ixodes. Os sintomas iniciais incluem uma mancha vermelha no local da picada, mas nem todos os pacientes apresentam essa lesão. A infecção pode se espalhar pelo corpo, causando febre, fadiga, calafrios, dores articulares, rigidez na nuca e fraqueza muscular.
O diagnóstico é feito por avaliação clínica e exames laboratoriais. O tratamento geralmente envolve antibióticos e medicamentos para dor e inflamação.
O que é a mielite transversa aguda
A mielite transversa aguda é uma condição inflamatória da medula espinhal que pode resultar em paralisia parcial ou total. A inflamação pode ser desencadeada por infecções, doenças autoimunes como lúpus, esclerose múltipla e, como no caso de Maria, pela doença de Lyme.
Os principais sintomas incluem dor súbita nas costas, fraqueza muscular, perda de sensibilidade e, nos casos mais graves, paralisia. O tratamento costuma ser feito com corticosteroides, imunoglobulinas ou troca de plasma, com o objetivo de conter a inflamação e preservar as funções neurológicas.
