Na manhã desta terça-feira (21), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em apoio à 2ª Promotoria de Justiça de Braço do Norte, deflagrou uma operação para apurar crimes de corrupção e violação de sigilo funcional. A ação é resultado de uma investigação conduzida ao longo dos últimos meses, que identificou indícios de atuação ilícita envolvendo uma advogada e um policial militar.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Tubarão (SC), após acolhimento do pedido formulado pelo Ministério Público. A operação cumpriu três mandados em endereços ligados aos investigados, no município de Içara, no Sul do Estado.
De acordo com as investigações, o policial teria repasado informações sigilosas de sistemas internos a uma advogada, que as utilizava para favorecer clientes envolvidos em processos criminais. O esquema, segundo o Ministério Público, comprometia a integridade de apurações e configurava grave violação aos deveres funcionais do servidor público.
Durante o cumprimento das medidas judiciais, um representante da OAB acompanhou a operação, assegurando o respeito às prerrogativas profissionais de um dos investigados.
Os materiais apreendidos serão encaminhados à Polícia Científica, que realizará os exames periciais. Após a conclusão dos laudos, as evidências serão analisadas pela equipe do GAECO e pela Promotoria responsável, com o objetivo de aprofundar as investigações.
O procedimento tramita sob sigilo judicial, e novas informações poderão ser divulgadas assim que houver a publicidade dos autos.
O GAECO é uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina, integrada por representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar. O grupo atua na identificação, prevenção e repressão de organizações criminosas em todo o Estado.