Alexandre Curi

Cristina Graeml confirma pré-candidatura ao Senado nas eleições de 2026

Em conversa com a Gazeta do Paraná, a jornalista disse porque trocou de partido, fez uma análise do cenário político atual e que já deu início a sua pré-campanha pelo estado

Por Eliane Alexandrino

Cristina Graeml confirma pré-candidatura ao Senado nas eleições de 2026 Créditos: Divulgação

Eliane Alexandrino/ Cascavel

Em sua segunda reportagem com possíveis nomes que deverão disputar as eleições de 2026, a Gazeta do Paraná traz uma entrevista com a jornalista e já pré-candidata ao Senado, Cristina Graeml. Ela fez um panorama de como foi sua participação das eleições municipais no ano passado, onde fez 390.254 votos em Curitiba, avaliou as pesquisas, contou a GP porque deixou o PMB e como vê o cenário político brasileiro e paranaense. Graeml confirmou que já lançou a sua pré-candidatura e está na estrada fazendo aliados pelo Paraná. "Minha pré-candidatura foi lançada no dia 12 de fevereiro e desde então estou em pré-campanha. Já visitei 39 cidades dentro do possível, conciliando com minha carreira no jornalismo. Tenho conversado com prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários municipais, lideranças políticas e empresariais de todo o estado, levando minhas propostas adiante”, afirmou Graeml.

Sobre sua participação nas eleições municipais de 2024, Cristina revelou ter sido vítima de asfixia por parte dos institutos de pesquisa. “Durante nove meses, meu nome não aparecia nas pesquisas, mesmo eu sendo pré-candidata a prefeita desde janeiro. Quando o nome finalmente começou a ser incluído, os números divulgados estavam distorcidos e não refletiam as pesquisas internas feitas pelos partidos, que mostravam meu crescimento. Fiz 31% dos votos no primeiro turno, mas os institutos oficiais erraram na margem de erro em até dez vezes”, explicou.

A jornalista destacou que sua campanha foi orgânica e realizada por voluntários, sem apoio de grandes grupos políticos ou uso de dinheiro público. “Fomos contra um candidato que gastou oficialmente R$ 17 milhões. Mostramos que é possível fazer uma campanha justa, honesta e engajada popularmente, mesmo sem comitê de campanha ou marqueteiro. O sistema político, porém, trabalha pesado para impedir que pessoas de fora ingressem”, avaliou.

Após as eleições municipais, Cristina se desfiliou do PMB, partido que, segundo ela, não a apoiou e chegou a tentar inviabilizar sua candidatura. Atualmente, está filiada ao Podemos, onde foi convidada pela deputada federal Renata Abreu e apresentada pelo ex-senador Alvaro Dias. “Estou muito feliz no Podemos, que oficializou minha pré-candidatura no ato da filiação, em Brasília”, afirmou.

Cristina foi a primeira mulher a disputar e avançar para o segundo turno na eleição para a prefeitura de Curitiba, sendo a candidata mais votada na Capital sem nunca ter exercido cargo eletivo ou nome na política. Ela atribui seu desempenho ao desejo dos eleitores por renovação e à identificação com sua plataforma conservadora.

 

“Bolsonarista?”

A jornalista esclareceu que nunca se assumiu “bolsonarista”, apesar de ser rotulada assim por parte da imprensa. “Sempre fui uma jornalista honesta que analisou o governo Bolsonaro pelos resultados, defendendo alguns avanços e denunciando perseguições sofridas pela gestão. O partido de Bolsonaro aqui, em Curitiba, não apoiou minha candidatura, optando por lançar o vice-prefeito na chapa adversária”, contou.

 

Cenário político brasileiro

Sobre o cenário político nacional, Cristina falou em “manicômio jurídico”, criticando a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), que segundo ela, persegue opositores políticos e atua de forma parcial. Para ela, o Senado está omisso em fiscalizar o STF, o que contribui para o caos jurídico no país. “De forma genérica o Brasil vive um manicômio jurídico a gente está prestes a sofrer sanções internacionais por conta de desrespeito aos direitos humanos perseguição política a opositores. Isso é um projeto de vingança pessoal do atual presidente da República ele mesmo disse isso logo que tomou posse. Então esse Supremo Tribunal Federal ‘político’ que persegue pessoas que nem deveriam estar sendo julgadas naquela esfera é claramente um tribunal tentando favorecer um partido político, uma linha ideológica que não é a que eu defendo. Daí vem a demanda para eu me candidatar ao Senado e a minha disposição servir ao país para tentar junto com os demais senadores colocar o Brasil de volta num estado de direito”, comenta.

No Paraná, Cristina acredita que a população deseja novos nomes e formas de fazer política, com campanhas sem gastos excessivos e sem ataques pessoais. “Faço parte desse desejo por mudança, e por isso me coloco à disposição para disputar o Senado em 2026, assim como me coloquei para a prefeitura em 2024”, concluiu.

 

Quem é Cristina Graeml?

Jornalista formada pela UFPR, Cristina tem ampla experiência no jornalismo paranaense, com passagens por grandes emissoras como RPC TV, Band Rio e TV Globo. Iniciou a carreira jornalística na década de 90. Já atuou também como vlogger, empreendedora e colunista em veículos como Gazeta do Povo e Grupo Jovem Pan. Em 2024, disputou a prefeitura de Curitiba, chegando ao segundo turno com forte apoio popular.

Foto:Divulgação 

 

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