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CNJ cobra explicações do TJ de Mato Grosso sobre pagamento de R$ 73,5 milhões em horas extras

Conselheiro determina que tribunal apresente relatório de auditoria interna que apontaria falhas no controle de jornada

CNJ cobra explicações do TJ de Mato Grosso sobre pagamento de R$ 73,5 milhões em horas extras Créditos: Henrique Kawaminam

O conselheiro Guilherme Feliciano, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), determinou que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) apresente um relatório de auditoria interna que teria identificado o pagamento de R$ 73,5 milhões em horas extras e compensatórias sem comprovação. A decisão, de quarta-feira (23), foi proferida no âmbito de um Procedimento de Controle Administrativo (PCA) movido pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat).

De acordo com o sindicato, o relatório elaborado pela auditoria interna do tribunal aponta falhas no controle de jornada e ausência de documentação que comprove a efetiva prestação dos serviços que geraram os pagamentos. O Sinjusmat informou ainda que já havia solicitado o acesso ao documento em ocasiões anteriores, mas não foi atendido.

Ao analisar o pedido, o conselheiro Feliciano considerou a solicitação pertinente e determinou que o TJ-MT se manifeste sobre o caso. “Diante do exposto, e considerando a pertinência temática do documento para o objeto deste procedimento, intime-se o Tribunal de Justiça de Mato Grosso para, no prazo de cinco dias, se manifestar sobre o teor da petição”, escreveu o relator.

Após o prazo, com ou sem resposta do tribunal, o processo retornará ao gabinete do conselheiro para nova análise.

O procedimento no CNJ foi instaurado a partir de uma representação do Sinjusmat que questiona práticas administrativas da atual gestão do TJ-MT, especialmente no controle de ponto e no pagamento de horas extras. A entidade afirma que busca garantir transparência na execução orçamentária e o cumprimento dos princípios da legalidade e moralidade administrativa.

Até o momento, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso não se manifestou sobre a determinação do CNJ.

Com informações do Mídia News

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