Quatro juízes afastados durante a tramitação de Processos Administrativos Disciplinares (PADs) devem custar pelo menos R$ 1.227.133,40 aos cofres do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) até o final de 2025. Apesar de estarem temporariamente fora das funções, os magistrados seguem recebendo salários integrais, conforme previsto pelas normas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os afastamentos envolvem os juízes Renato José de Almeida Costa Filho, Tatiana dos Santos Batista, Anderson Candiotto e Ivan Lúcio Amarante. Todos respondem a PADs por diferentes motivos, como baixa produtividade e indícios de condutas impróprias.
Renato, da 2ª Vara de Chapada dos Guimarães, está afastado desde 27 de junho e, até novembro deste ano, deve receber R$ 198.766,05. Tatiana, da Comarca de Vila Bela da Santíssima Trindade, soma R$ 188.827,75 no mesmo período.
Já Anderson Candiotto, da Comarca de Sorriso, está fora das funções desde maio e deve receber, até dezembro, R$ 281.108,25. Ivan Amarante, ex-juiz em Vila Rica, afastado desde outubro de 2024, acumula R$ 558.431,35 em vencimentos até o fim de 2025.
Segundo o CNJ, os pagamentos são legais, pois os magistrados são considerados inocentes até conclusão dos processos. O objetivo é garantir imparcialidade nas investigações e evitar punição antecipada.
O Órgão Especial do TJMT deve definir nesta semana as punições para Renato e Tatiana. Ele pode ser aposentado compulsoriamente, enquanto ela, por estar em estágio probatório, pode ser excluída da magistratura. Ambos respondem por baixa produtividade e má condução de processos.
Com informações do Mídia News/Gazeta Digital