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Aeroporto Regional do Oeste é cenário para exposição "A Arte Tropicalista"

Obras cheias de cor são assinadas pelo artista paranaense Antônio Bonifácio, reconhecido internacionalmente

Por Da Redação

Aeroporto Regional do Oeste é cenário para exposição Créditos: Secom

O Aeroporto Regional do Oeste - Coronel Adalberto Mendes da Silva  recebe, nesta quinta-feira (30), a exposição “A Arte Tropicalista”, do artista plástico paranaense Antônio Bonifácio, conhecido no meio artístico como “Boni”. A mostra segue até o dia 4 de dezembro. A ação conta com apoio da Secretaria de Cultura.

Radicado em Londrina, o artista apresenta uma mostra vibrante, que transporta para a tela as cores, a fauna, a flora e o espírito do homem do campo. “A minha arte emerge da força telúrica da terra, da alma pulsante da minha aldeia, em sintonia com os cinco elementos. Transporto as cores vibrantes e as matizes da fauna e da flora, criando um tropicalismo singular, onde o homem do campo e a natureza se fundem”, conta.

A exposição reúne 11 quadros originais em canvas e 14 gravuras em papel, todos desenvolvidos com a técnica de arte digital em tela, um método de origem alemã, aperfeiçoado no Japão, que o artista vem pesquisando desde 1991.

Um tropicalismo que transcende fronteiras

A arte de Bonifácio se apresenta como um verdadeiro caleidoscópio de cores e significados, entrelaçando cultura popular, crítica social, flora e fauna brasileiras, agrofloresta e natureza. Seu trabalho estabelece um diálogo entre o tradicional e o contemporâneo, mesclando o desenho digital com materiais como telas de impressão gráfica, gravuras em papéis especiais e molduras confeccionadas com materiais reciclados e estilizados pelo próprio artista — um contraste que amplia a expressividade de cada obra.

Natural de Uraí (PR), Bonifácio construiu uma trajetória sólida, reconhecida no Brasil e no exterior. Participou de 29 exposições coletivas, 20 individuais e nove salões de arte, com obras em acervos públicos e privados em países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, França, Portugal e Japão.

Reconhecimento e legado artístico

Seu nome figura em importantes publicações de referência, como o Dicionário de Artes Plásticas Brasil, de Júlio Louzada; Panorama das Artes Plásticas Luso-Brasileira, de Narciso Martins (Portugal); e o Dicionário das Artes Plásticas no Paraná, de Adalice Maria de Araújo.

Entre as instituições que abrigam suas obras estão a Casa de Artes e Ofícios Paulo VI (Ibiporã-PR), Caixa Econômica Federal (Londrina-PR), Casa de Cultura de Cambé (PR), Museu de Arte de Cascavel, Prefeitura Municipal de Guimarães (Portugal) e a Associação Internacional de Toyohashi (Japão).

Bonifácio também representou a região da Alta Paulista no Mapa Cultural do Estado de São Paulo (1994 e 1995) e residiu no Japão entre 1999 e 2006, período em que participou de cinco mostras coletivas e três salões de arte, sendo premiado no 51º Salão de Artes do Museu de Toyohashi.

Formação e atuação cultural

Formado em Desenho e Pintura pela Casa de Artes e Ofícios Paulo VI, o artista também foi acadêmico de Ciências Sociais na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e de Educação Artística na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Com uma sólida vivência na gestão cultural, atuou como assessor cultural da Prefeitura de Bastos (SP) por quatro anos e como secretário de Cultura de Faxinal (PR) por dois anos.

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