GCAST

Trump volta a dizer que Maduro “está com os dias contados”

Presidente dos EUA reafirma discurso contra a Venezuela, evita falar em invasão, mas intensifica pressão política e militar

Trump volta a dizer que Maduro “está com os dias contados” Créditos: Reprodução Internet

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), voltou a afirmar que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, “está com os dias contados”. A declaração foi feita nesta terça-feira (9) durante entrevista ao podcast The Conversation, do jornal digital Politico. Em novembro, Trump já havia feito afirmação semelhante ao programa 60 Minutes, da CBS.

Ao ser questionado sobre até onde os Estados Unidos estariam dispostos a ir para derrubar o governo venezuelano, incluindo a possibilidade de uma invasão terrestre, Trump evitou comentar estratégias militares. No entanto, voltou a fazer críticas diretas ao governo de Maduro e também ao ex-presidente norte-americano Joe Biden.

Segundo Trump, a Venezuela teria enviado aos Estados Unidos pessoas ligadas ao crime organizado, além de integrantes de gangues e traficantes de drogas. Ele também citou a facção Tren de Aragua, considerada uma das mais violentas da América Latina.

LEIA TAMBÉM:
>JFPR determina que União custeie exame de sequenciamento genético a crianças na fila do SUS

O presidente norte-americano afirmou que uma de suas preocupações é o bem-estar do povo venezuelano, especialmente dos que vivem nos Estados Unidos. Trump destacou sua relação com a comunidade venezuelana da Flórida, onde é proprietário de um resort no chamado “Little Venezuela”, na região do Doral. Segundo ele, o local é formado majoritariamente por imigrantes venezuelanos bem-sucedidos, que teriam sido “maltratados” pelo regime de Maduro.

Trump também comentou as ações militares dos EUA contra rotas do tráfico no Caribe. Segundo ele, operações navais têm reduzido a entrada de drogas por via marítima. O presidente declarou ainda que os Estados Unidos pretendem ampliar a ofensiva contra o narcotráfico, inclusive com ações em terra, sem detalhar como isso ocorreria.

Desde agosto deste ano, os Estados Unidos vêm intensificando a pressão sobre o governo venezuelano. Entre as medidas estão a recompensa de US$ 50 milhões pela captura de Maduro, o maior deslocamento naval no Caribe desde a crise dos mísseis de 1962 e ataques aéreos contra embarcações suspeitas de tráfico, que resultaram em mais de 80 mortes, segundo dados divulgados por autoridades norte-americanas.

Acesse nosso canal no WhatsApp