Trump pode desligar o GPS no Brasil? Entenda o que está em jogo na crise diplomática

Em meio à tensão entre Brasil e EUA, apoiadores de Bolsonaro falam em sanções graves, incluindo bloqueio de GPS; mas especialistas explicam os limites dessa medida

Por Gazeta do Paraná

Trump pode desligar o GPS no Brasil? Entenda o que está em jogo na crise diplomática

Com a escalada da crise diplomática entre o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, e o Brasil, apoiadores de Jair Bolsonaro começaram a divulgar que novas sanções estariam a caminho. Entre as medidas mais polêmicas, estaria a possibilidade de Trump cortar o sinal do GPS utilizado no território brasileiro.

Segundo bolsonaristas, membros do Departamento de Estado teriam informado que a revogação dos vistos do ministro Alexandre de Moraes e de outros integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) seria "apenas o começo". Além disso, estariam sendo consideradas:

  • Aumento das tarifas de importação de produtos brasileiros de 50% para 100%;

  • Sanções em parceria com países da OTAN;

  • Bloqueio do uso de satélites e do sistema de GPS no Brasil.

🔍 Mas é possível cortar o GPS de um país inteiro?

Em vídeo publicado pela BBC News Brasil, o repórter André Biernath ouviu especialistas em geopolítica e tecnologia. A conclusão é que, embora os EUA tenham controle sobre o sistema GPS, criado e mantido pelo Departamento de Defesa americano, um corte total do serviço para o Brasil seria improvável e geraria repercussões internacionais.

“Uma decisão como essa afetaria também empresas e aliados dos próprios Estados Unidos que operam aqui”, explicam especialistas. Além disso, o GPS é utilizado por sistemas de aviação, transporte marítimo, aplicativos e operações logísticas que têm acordos internacionais de funcionamento.

Mesmo com o controle técnico do sistema, desligá-lo para um país específico não é simples nem sem consequências.

A tensão entre Brasil e EUA se intensificou após a imposição de tarifas, sanções a autoridades brasileiras e o endurecimento no discurso de Trump contra decisões do STF, especialmente relacionadas às investigações envolvendo Jair Bolsonaro.

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