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Trump confirma conversa com Maduro, mas evita revelar conteúdo

Ligação ocorre em meio a escalada de tensão entre Washington e Caracas, após novas declarações do presidente norte-americano sobre o fechamento do espaço aéreo venezuelano

Trump confirma conversa com Maduro, mas evita revelar conteúdo Créditos: JONATHAN ERNST

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste domingo (30) que conversou por telefone com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A declaração foi feita a repórteres a bordo do Força Aérea Um, mas Trump evitou detalhar o conteúdo da conversa. “Eu não quero comentar sobre isso. A resposta é sim”, afirmou ao ser questionado sobre o contato.

A informação ocorre após o New York Times revelar que os líderes haviam dialogado neste mês sobre a possibilidade de um encontro nos Estados Unidos. A confirmação surge em um momento de tensão, no qual Trump mantém discurso duro contra Caracas enquanto acena com eventuais gestos diplomáticos.

No sábado (29), o presidente norte-americano declarou que o espaço aéreo “acima e ao redor da Venezuela” deveria ser considerado “fechado em sua totalidade”, sem apresentar explicações adicionais. A fala provocou apreensão na capital venezuelana. Ao ser perguntado se o comentário indicava ataques iminentes, Trump respondeu: “Não tire conclusões sobre isso”.

Segundo informações da Reuters, o governo dos EUA avalia diversas opções para pressionar Maduro, incluindo ações para tentar removê-lo do poder. As Forças Armadas norte-americanas estariam preparadas para uma nova etapa de operações após reforço militar no Caribe e quase três meses de ataques a embarcações suspeitas de tráfico de drogas na costa venezuelana. Trump também teria autorizado operações secretas da CIA no país.

O governo venezuelano não comentou o telefonema. Questionado em coletiva no domingo, o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, disse que a ligação não era o foco do pronunciamento, no qual anunciou uma investigação sobre os ataques norte-americanos a barcos no Caribe.

 

Com informações da Reuters

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