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TJ-PR concede liberdade provisória a comentarista esportivo acusado de integrar esquema de desvio de verbas da saúde

Fernando Gomes, preso na operação que apura fraudes em Fazenda Rio Grande, responderá em casa com tornozeleira eletrônica e outras restrições

TJ-PR concede liberdade provisória a comentarista esportivo acusado de integrar esquema de desvio de verbas da saúde Créditos: Reprodução

Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou, na noite desta segunda-feira (13), a substituição da prisão preventiva do comentarista esportivo Fernando Gomes por medidas cautelares alternativas, permitindo que ele responda ao processo em casa. Gomes é investigado por suposta participação em uma organização criminosa que, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), teria desviado cerca de R$ 10 milhões de recursos da saúde pública de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba.

O comentarista, detido desde a última quinta-feira (9), foi liberado sob condições estabelecidas pela Justiça, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de contato com outros investigados e a necessidade de autorização judicial para sair de casa — exceto em casos de compromissos médicos.

Em nota oficial, a defesa de Fernando Gomes afirmou que ele “nega veementemente as acusações” e que sua soltura “representa o primeiro passo para a plena demonstração de sua inocência”. Os advogados destacaram ainda a trajetória profissional do comentarista, ressaltando que “Fernando sempre pautou sua vida pela ética, respeito e dedicação à comunicação”.

O caso

A prisão de Fernando Gomes ocorreu durante uma operação do MP-PR que aponta um esquema de corrupção e desvio de recursos públicos envolvendo prefeituras do Paraná e Santa Catarina. A investigação, que durou cerca de seis meses, levou à prisão de cinco pessoas e ao cumprimento de seis mandados de busca e apreensão.

Entre os presos estão:

  • Marco Antonio Marcondes Silva, prefeito de Fazenda Rio Grande;

  • Francisco Roberto Barbosa, secretário da Fazenda e ex-secretário de Saúde;

  • Samuel Antonio da Silva Nunes, sócio da empresa AGP Saúde;

  • Alberto Martins de Faria, auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR);

  • Abrilino Fernandes Gomes (Fernando Gomes), ex-chefe de gabinete e comentarista esportivo.

Segundo as investigações, a AGP Saúde, apontada como empresa de fachada, era contratada para coleta de exames domiciliares, mas cobrava valores acima do mercado e realizava procedimentos sem solicitação médica, contrariando normas do Sistema Único de Saúde (SUS).

O MP-PR afirma que Fernando Gomes atuava como intermediador entre prefeituras e a empresa, desempenhando o papel de lobista nas negociações.

A defesa reitera confiança na Justiça e pede serenidade e respeito durante o andamento do processo, destacando que “todos os fatos serão devidamente esclarecidos dentro da legalidade e do mais absoluto respeito à Justiça”.

Com informações da Banda B

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