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Tijolinho: Formighieri critica pedágios, Porto de Paranaguá e venda de estatais no Paraná

Marcos Formighieri, fez duras críticas à gestão de áreas estratégicas do Estado, levantando polêmicas sobre temas importantes

Por Da Redação

Tijolinho: Formighieri critica pedágios, Porto de Paranaguá e venda de estatais no Paraná Créditos: Gazeta do Paraná

No programa “Tijolinho”, transmitido pelo podcast GCast, da Gazeta do Paraná, o diretor do jornal, Marcos Formighieri, fez duras críticas à gestão de áreas estratégicas do Estado, levantando polêmicas sobre contratos de pedágio, operações no Porto de Paranaguá e a venda de empresas públicas. As declarações apontam para um cenário que, segundo Fomighieri, exige maior transparência e fiscalização por parte das autoridades.

O debate sobre os novos contratos de pedágio no Paraná, que ainda gera descontentamento popular, foi um dos principais pontos levantados por Formighieri. Ele classificou o modelo adotado como prejudicial à economia paranaense e destacou que a atual estrutura beneficia grupos de fora do estado, deixando de lado empresas locais e até cooperativas que poderiam concorrer em lotes menores.

Segundo Formighieri, a concentração de trechos em grandes pacotes impede que o lucro gerado fique no Paraná, drenando recursos que poderiam ser revertidos em melhorias nas rodovias e em desenvolvimento regional.

“Converse com qualquer administrador de cooperativa, e ele tem a conta na ponta da língua, o quanto custa o pedágio. O quanto onera o custo da produção e da entrega dos produtos, essa tarifa exorbitante do pedágio. Então não seria o caso então senhores governantes, vocês que tem um discurso mentiroso, voltado para o interesse e defesa da economia do Paraná, por que não nos voltamos para entregar o serviço dos pedágios a empresas paranaenses?”, questionou Marcos.

As críticas se ampliaram quando o assunto foi o Porto de Paranaguá, classificado por Formighieri como uma “caixa-preta histórica”. Ele mencionou investigações recentes sobre tráfico internacional de drogas no local e defendeu que a apuração também alcance os processos de licitação de áreas públicas.

“O Porto de Paranaguá sempre foi uma caixa-preta. Vocês não imaginam quanta gente enriqueceu em atividades ilegais e fraudulentas no porto. A Gazeta do Paraná nos seus mais de 30 anos de existência, tem denunciado isso sistematicamente”, disse Formighieri.

Marcos citou como exemplo um terreno vendido por R$ 1 milhão e, pouco depois, revendido por R$ 36 milhões. Para ele, a discrepância nos valores levanta suspeitas de fraude, lavagem de dinheiro e até de ligação com atividades criminosas.

Venda de estatais: Celepar e Copel em pauta

Formighieri também criticou a condução das negociações envolvendo estatais paranaenses. A Celepar, responsável por dados sigilosos dos cidadãos, estaria em processo de venda sob “segredo de justiça”, algo que ele classificou como preocupante.

“Tão vendendo patrimônio público para quem? A Gazeta já disse quem vai comprar aquilo lá. Mas estão vendendo patrimônio público em segredo de justiça. Não dizem o que estão vendendo e não mostram os interessados”, questionou.

Outro alvo das críticas foi a Copel Telecom. Ele mencionou uma suposta perda de R$ 100 milhões na operação, levantando a hipótese de que o prejuízo encobriria o pagamento de propina. As acusações, se comprovadas, poderiam indicar práticas de má-fé na gestão de ativos públicos.

Cascavel: alerta sobre a “Muralha Digital”

Em tom de alerta, Formighieri também se dirigiu ao prefeito de Cascavel, Renato Silva. Ele pediu cautela diante da proposta de destinar R$ 3 milhões para a implantação de uma “Muralha Digital” no município. O apresentador sugeriu que a prefeitura desenvolva o projeto com equipe própria, evitando a contratação de soluções prontas que, segundo ele, em outras cidades não entregaram os resultados prometidos.

“A segurança pública é uma prioridade e uma necessidade. Como prioridade, a segurança pública só está abaixo da saúde. Você pode aumentar a segurança instalando câmeras, sensores, utilizando instrumentos eletrônicos que ampliam a capacidade do poder público de tomar conhecimento e rapidamente combater a bandidagem. Mas, prefeito, certamente atrás dos R$ 3 milhões da emenda, vai aparecer um ou dois picaretas para te vender o projeto da Muralha Digital para Cascavel. Toda e qualquer coisa que envolva tecnologia nova, modernidade, está dominado pela picaretagem”, destacou Marcos.

Como exemplo, citou Curitiba, onde investimentos elevados não teriam garantido a melhoria esperada na segurança. “É preciso cuidado com a picaretagem”, advertiu, defendendo que os recursos sejam aplicados com rigor técnico e responsabilidade.

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