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Stein está a um empate do pentacampeonato do Estadual

Stein Cascavel recebe a Copagril de Marechal Cândido Rondon no jogo de volta da decisão

Por Luciano Neves

Stein está a um empate do pentacampeonato do Estadual Créditos: Assessoria Stein

Dudinha não é a camisa 10 do Stein Cascavel por acaso. Ela é a atleta mais antiga do atual elenco e já defendia o time cascavelense muito antes de o Stein se tornar uma potência do futsal feminino brasileiro. Quando o projeto profissional começou, em 2020, ela estava lá. Chegou com o Stein nas semifinais do Campeonato Paranaense da Série Ouro naquele ano, mas o time caiu nesta fase. No ano seguinte, a diretoria trouxe o técnico Márcio Coelho, que estruturou a atual comissão técnica da equipe.

Entra ano e sai ano, Dudinha seguiu como camisa 10. Só que agora, ela veste uma camisa multicampeã. A jogadora participou de todo os 16 títulos do Stein de 2021 para cá. E no Campeonato Paranaense da Série Ouro, o Stein defende a hegemonia. Neste sábado (22), o time faz o jogo de volta da grande final do Estadual contra a Copagril de Marechal Cândido Rondon. Como venceu o jogo de ida por 1 a 0, na casa das adversárias, basta um empate na partida de volta na Neva, às 16 horas, para conquistar o pentacampeonato do Estadual. Nos três primeiros títulos do Paranaense, o Stein fez decisões contra o Telêmaco Borba e sempre fez o jogo de volta em casa. No ano passado, enfrentou essa mesma Copagril numa situação nova. O Stein fez o jogo de ida na Neva e venceu. Na partida de volta, foi superado pelo time de Marechal como visitante. O título só veio com a vitória na prorrogação.

Dudinha também estava naquela final. E agora, tenta ajudar o Stein a conquistar o penta do Paranaense, o segundo título do ano e o 17º na trajetória. “Graças a Deus a gente fez uma grande campanha neste ano, um pouco diferente do que foi no ano passado. Conseguimos trazer a partida de volta da final para cá. Em 2024, a decisão foi na casa delas. E agora temos a vantagem do empate. Fizemos um jogo muito difícil na casa delas, é difícil jogar lá. E agora é impor o nosso jogo, marcar muito, porque se a gente não tomar gol a gente sai com o quinto título do Paranaense. Também vamos contar com o apoio da torcida. A gente faz de tudo durante o ano para ter a melhor campanha e trazer a partida de volta para o ginásio da Neva”, disse.

O Stein tem a possibilidade de conquistar mais dois títulos em 2025. Além de estar bem perto do pentacampeonato do Paranaense, o time também busca o tricampeonato da Liga Feminina de Futsal (LFF). As partidas decisivas serão nos dias 12 e 16 de dezembro. O Stein também teve a melhor campanha na competição nacional. Por isso, fará o jogo de ida da final contra o Leoas da Serra no ginásio da Neva. A partida de volta será em Foz do Iguaçu. Em tese, uma quadra neutra, mas que irá favorecer o time cascavelense nas questões de logística e permitir a presença de torcida.

 

Força do time

Nas semifinais e nos dois jogos decisivos, o Stein teve desfalques importantes por uma causa nobre. A goleira Bianca e fixa Luana estão na Seleção Brasileira, assim como o técnico Márcio Coelho, que é integrante da comissão técnica do Brasil e é o auxiliar do treinador da Seleção, Wilson Sabóia. O trio do Stein está nas Filipinas e estreia amanhã (23) na Copa do Mundo de futsal feminino da Fifa. O Brasil faz o primeiro jogo contra o Irã. As duas jogadoras e o treinador só retornam apenas o Mundial e participarão dos dois jogos decisivos da LFF.

No Estadual, em virtude da ausência de Coelho, a missão de comandar a equipe ficou nas mãos do auxiliar Felipe Bonow. E ele tem 100% de aproveitamento, já que venceu o Londrina nas duas partidas das semifinais e também venceu o jogo de ida da decisão. E agora tem a chance de conduzir o time ao pentacampeonato. “A gente saiu vitorioso na primeira partida, e isso nos dá confiança para decidir em casa. Mas sabemos que, assim como no primeiro confronto, esse também será muito duro e equilibrado. Tem sido a tônica de todos os momentos em que nós e Marechal nos enfrentamos ao longo da temporada. Então, espero novamente um jogo difícil, decidido nos mínimos detalhes”, comenta Felipe.

Felipe Bonow mostrou que é pé quente. Ele também é o treinador do time Sub-20 do Stein. Após fazer o jogo de ida da decisão da Série Ouro no sábado passado, ele comandou as meninas do Stein na decisão do Paranaense da Série Prata, no domingo passado na Neva. Na atual temporada, o Stein optou por colocar a equipe Sub-20 na segunda divisão do Estadual para dar rodagem para as jovens atletas e ampliar o calendário da equipe. As meninas de Bonow não decepcionaram. Chegaram na final da Série Prata e foram campeãs ao derrotarem o São Miguel por 3 a 2. Mas o Sub-20 do Stein não fará parte da Série Ouro no ano que vem, justamente pela presença da equipe principal que está a um empate do pentacampeonato.

Créditos: LUCIANO NEVES Acesse nosso canal no WhatsApp