Setembro Amarelo: A importância da saúde mental

Em todo o Paraná são 160 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que ofertam serviços através do SUS (Sistema Único de Saúde).

Por Eliane Alexandrino

Setembro Amarelo: A importância da saúde mental Créditos: Divulgação

Eliane Alexandrino/Cascavel

O mês de setembro também é lembrado pela conscientização sobre a prevenção ao suicídio titulado: “Setembro Amarelo”. Ao longo dos 30 dias do mês várias ações serão realizadas pela SESA (Secretaria de Saúde do Paraná), para reforçar a importância da rede pública para o atendimento da saúde mental. 

O evento é lembrado no próximo dia 10 de setembro, no Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, este ano o tema é “Conversar para mudar vidas”, que destaca o poder do diálogo acolhedor.

Segundo a Sesa o foco é reforçar que o diálogo, o acolhimento daqueles que sofrem em silêncio, e destacar a importância de todos na prevenção do suicídio.  Uma cartilha orientativa também será divulgada pela secretaria. 

“A prevenção é algo que precisa ser feito por todos, unindo o setor público, privado, entidades civis e cidadãos em prol de um objetivo comum que é o de salvar vidas por meio do diálogo e do acolhimento”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

A Divisão de Saúde Mental da Sesa oferta suporte para as 22 Regionais de Saúde no Paraná, ao todo o estado possui 160 CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), além de 7 SIM-PR (Serviços Integrados de Saúde Mental), e 41 equipes multiprofissionais de atenção especializada. 

Para quem precisa de atendimento médico de psiquiatria/psicologia a porta de entrada à população são as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), e nos Centros de Atenção Psicossocial, que trabalham para prevenção, tratamento e acompanhamento de pessoas com transtornos mentais, depressão, ou aquelas pessoas que já passaram por uma tentativa de suicídio.

O Paraná segue as diretrizes da Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, que busca implementar um sistema integrado entre União, estados e municípios. A lei garante acesso ao atendimento psicossocial, assistência às famílias das vítimas e a notificação dos casos para aprimorar políticas públicas.

Em situações emergenciais, o atendimento pode ser feito pelo SAMU (192) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo número 188, que funciona gratuitamente e de forma sigilosa, é outra ferramenta poderosa de apoio para quem precisa conversar. Fundado em 1962, o CVV é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal desde 1973.

 

Dados da OMS

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 1 bilhão de pessoas vivem no mundo com algum tipo de transtorno mental (incluindo ansiedade e depressão, os mais frequentes).

A OMS aponta que um em cada sete adolescentes entre 10 e 19 anos apresenta algum tipo de transtorno mental no mundo. 

Somente em 2021, de acordo com a OMS, 721 mil vidas foram ceifadas por suicídio no mundo, independentemente do contexto socioeconômico. 

 

CVV Cascavel

O Centro de Valorização da Vida de Cascavel não tem mais sala presencial desde janeiro de 2024. Anteriormente o CVV funcionava em um dos espaços do Terminal Rodoviário. Segundo os voluntários, desde que iniciaram as reformas no local não tiveram mais espaço físico. 

Hoje, no Brasil são em média 280 mil atendimentos por mês, ao ano chega a 3,3 milhões de ligações feitas pelo 188. Somente em Cascavel são 23 plantonistas/voluntários que dedicam em média 3 horas por semana para ouvir e prestar ajuda às pessoas que precisam de ajuda psicológica.

 

R$ 30 mi de investimentos na saúde mental

Na última semana, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, anunciou um investimento de R$ 30 milhões anuais para ampliar a oferta gratuita do Paraná para medicamentos para ansiedade, depressão e esquizofrenia, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

A Sesa ainda foi uma das promotoras do VII Simpósio de Saúde Mental da Criança e do Educador, realizado durante a XVI Jornada Paranaense de Psiquiatria, no Canal da Música, em Curitiba. O encontro foi realizado na última quinta-feira (28) e reuniu profissionais de saúde e de áreas afins para debater os principais desafios e avanços no cuidado à saúde mental de crianças e adolescentes. 

 

Onde buscar ajuda na rede pública?

 - Unidades Básicas de Saúde (UBS)

 - Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)

 - Unidades de Pronto Atendimento (UPA)

 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192)

 - Centro de Valorização da Vida (CVV 188).

Foto: Divulgação 

 

Acesse nosso canal no WhatsApp