Quatro grupos devem disputar leilão do Lote 3 dos pedágios no Paraná
Grupos Pátria e EPR que arremataram dois primeiros lotes disputarão concessão junto de um consórcio entre a CCR e o 4UM, além do Grupo Opportunity
Por Bruno Rodrigo

Acontece na próxima sexta-feira o leilão de concessão do lote 3 das rodovias paranaenses, e quatro grupos devem disputar a certame para definir quem assumirá as rodovias que ligam Ponta Grossa ao norte do Paraná. Conforme o Valor Econômico, os Grupos Pátria e EPR, que arremataram os dois primeiros lotes, estão entre os interessados, juntamente com o grupo Opportunity e também de um consórcio entre a CCR e o 4UM, que é o grupo formado pela antiga J.Malucelli. Representantes dessas empresas estiveram presentes na ANTT fazendo a entrega das propostas para o lote.
O certame deve acontecer na próxima quinta-feira (12), na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Junto do leilão do Lote 3 das concessões rodoviárias do Paraná, será realizado o leilão da Rota Verde de Goiás. O contato total prevê um investimento de R$ 9,8 bilhões de investimentos, bem como outros R$ 6 bilhões em custos operacionais que devem ser dissolvidos ao longo dos 30 anos de prazo da concessão.
A Gazeta do Paraná entrou em contato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres solicitando o nome das empresas interessas. Em nota, a ANTT afirmou que:
“O aceite dos valores de garantia, contendo o nome das proponentes, será publicado conforme cronograma do edital, com previsão para ocorrer nesta quarta-feira (11/12). O cronograma na íntegra e demais documentos estão disponíveis no portal da ANTT”.
Quem são os grupos?
O Grupo Pátria é o responsável pelo Lote 1 das rodovias paranaenses. Foi ele quem arrematou e administra por meio da Concessionária, Via Araucária, as rodovias que ligam o Centro-Sul do Paraná até a região metropolitana de Curitiba. Empresa global de gestão de ativos alternativos, o Grupo Pátria está há 29 anos no mercado. A empresa é pioneira na indústria de Private Equity no Brasil, e tem expandido o seu portfólio em diversas áreas, tendo chegado nos últimos anos ao setor de infraestrutura, assumindo concessões rodoviárias primeiramente no estado de São Paulo, e agora no Paraná.
Além do Lote 1 paranaense, hoje, a gestora opera três concessões, todas elas em São Paulo: a Entrevias, em sociedade com a francesa Vinci; a Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares), adquirida da Invepar em 2019; e o Eixo SP, que administra o corredor Piracicaba-Panorama, conquistada em leilão em 2020.
Já o Grupo EPR é responsável pelo Lote 2 de concessões, que liga o Norte do Paraná ao litoral do estado. Com a concessionária EPR Litoral Pioneiro, o grupo administra no momento, sete praças de pedágio que estão dissolvidas pelo estado. O EPR participou dos dois primeiros leilões, sendo derrotado pelo Pátria no Lote 1 e sendo concorrente único no Lote 2.
O Grupo EPR, sediado na cidade de São Paulo, é uma holding que concentra suas participações na administração e operação de concessões rodoviárias. Sua origem remonta a uma joint venture entre as empresas Equipav e Perfin, estabelecida em agosto de 2022. Além do Paraná, o EPR administra concessão dos trechos rodoviários localizados no Triângulo Mineiro, no Sul de Minas e também no corredor rodoviário Varginha-Furnas.
O terceiro interessado é um consórcio envolvendo a o Grupo CCR e o Grupo 4UM. O Grupo CCR é uma das maiores empresas brasileiras de concessão de infraestrutura, transportes e serviços, sendo uma das líderes na administração de rodovias no Brasil.
Já o 4UM Fundo de Investimentos em Infraestrutura, é formado pelos acionistas de quatro grupos empresariais ligados ao setor de infraestrutura, Aterpa, J. Malucelli, Carioca Engenharia e Sempa Construções. Eles adquiriram recentemente a concessão da BR-381/MG, conhecida como “rodovia da morte”, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares.
O Grupo Oportunity é liderado pelo principal acionista da Equatorial Energia, o empresário Daniel Dantas. O Grupo adquiriu recentemente a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp.
O Lote 3
O Lote 3 faz parte da Malha Norte, que abrange 22 cidades e faz a ligação do Norte do Estado com o eixo rodoviário da BR-277, para chegar até o Porto de Paranaguá. Ele envolve 569 quilômetros das rodovias BR-369, BR-373, BR-376, PR-170, PR-323, PR-445 e PR-090. A previsão é que a concessionária vencedora do leilão invista R$ 16 bilhões em obras e serviços operacionais.
As rodovias atendidas nesse trecho atravessam as cidades de Sertaneja, Sertanópolis, Londrina, Cambé, Ibiporã, Tamarana, Mauá da Serra, Marilândia do Sul, Califórnia, Apucarana, Arapongas, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Ortigueira, Imbaú, Faxinal, Tibagi, Ipiranga, Ponta Grossa, Palmeira e Balsa Nova.
Estão previstos 132 quilômetros de duplicações e 24,6 quilômetros de faixas adicionais. Entre as novidades também estão o Contorno de Apucarana, no Vale do Ivaí, ligando a BR-369 à BR-376 e com 13,8 quilômetros de extensão. A região também deve ganhar o Contorno de Califórnia, com pouco mais de cinco quilômetros, ligando dois trechos da BR-376.
Já Ponta Grossa deve ganhar dois novos contornos: o Contorno Norte, com extensão total de 14,65 quilômetros, entre a BR-376 e a BR-373, e o Contorno Leste, que vai ligar a BR-373 à PR-151 e terá 27,7 quilômetros de extensão.
Outra obra emblemática prevista é a área de escape na Serra do Cadeado, em Mauá da Serra, que deve ser construída na altura do km 305 da BR-376.
Créditos: Valor EconômicoTags
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