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Prima de Guto Silva tentou disputar vaga feminina no TRE-PR para 2026

Segundo um informante da Gazeta do Paraná da OAB- Paraná, Caroline Cavet ficou de fora, pois Guto Silva tentou pressionar o Tribunal para favorecer a prima

Por Eliane Alexandrino

Prima de Guto Silva tentou disputar vaga feminina no TRE-PR para 2026 Créditos: Divulgação

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) deve realizar, em janeiro de 2026, uma eleição inédita para a escolha de integrantes da Corte pela classe dos advogados. Pela primeira vez, a disputa por vagas de membro efetivo será exclusiva para mulheres.

A decisão foi tomada pela presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargadora Lídia Maejima, em alinhamento com portaria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), editada em março de 2025 pela ministra Cármen Lúcia. A norma instituiu o Programa Nacional de Incentivo à Participação Feminina na Justiça Eleitoral e de promoção da paridade de gênero nos Tribunais Regionais Eleitorais.

Embora tenha havido debate sobre o caráter impositivo ou recomendatório da portaria, a articulação contou com o apoio do presidente do TRE-PR, Sigurd Bengtsson, e do desembargador eleitoral José Rodrigo Sade, cujo mandato se encerra em março de 2026, abrindo a vaga destinada exclusivamente a mulheres.

Ao todo, 23 advogadas se inscreveram no processo seletivo. Destas, seis atenderam aos requisitos, mas uma desistiu, restando cinco candidatas aptas à disputa. São elas: Ana Carolina de Camargo Clève, Claudete Carvalho Canezin, Juliana Bertholdi, Mariane Yuri Shiohara Lübke e Tatiane de Cássia Viese (esta última já integra a Corte Eleitoral como juíza substituta).

Após a formação da lista tríplice pelo TJ-PR, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolher a nova desembargadora eleitoral. A nomeação preencherá a cadeira atualmente ocupada por José Rodrigo Sade.

Prima de Guto Silva

Entre as inscritas que tentaram integrar a lista, mas não avançaram às etapas finais, está Caroline Amadori Cavet, apontada como prima do secretário estadual das Cidades, Guto Silva.

Caroline Cavet é advogada, professora e pesquisadora, com atuação nas áreas de Direito Civil, Empresarial, Direito Médico e novas tecnologias jurídicas. É sócia-fundadora do escritório Caroline Cavet Advocacia, com foco em consultoria preventiva, contencioso e atuação em Tribunais Superiores. Graduada em Direito pela PUCPR, possui pós-graduações em Direito Médico, Direito Público e Direito Civil e Empresarial, além de mestrado em Direito pela UFPR, com pesquisa sobre provas digitais.

Ela também leciona em cursos de graduação e pós-graduação, é autora de artigos e capítulos de livros e já ocupou cargos como vogal da Junta Comercial do Paraná e conselheira no Conselho de Consumidores da Copel.

Segundo um informante da Gazeta do Paraná da OAB- Paraná (Ordem dos advogados do Brasil), Cavet ficou de fora, pois teve rumores que Guto Silva estaria pressionando para que a prima fosse beneficiada e ficasse entre as cinco escolhidas.  Por ser prima do Guto Silva,  a Justiça eleitoral perdeu ao que parece uma competente desembargadora.

 Quem foram as 23 inscritas

ALINE SORPREZO DE ALMEIDA

AMANDA DE OLIVEIRA SILVA MACUCO

ANA CAROLINA DE CAMARGO CLÈVE

ANNA CAROLINA ALMEIDA QUADROS

CAROLINE AMADORI CAVET

CLAUDETE CARVALHO CANEZIN

ISABELLA ROCHA NOBRE DE ABREU

IVETE DE CARVALHO LINHARES SERPA

IZABELE KAROLINE RODRIGUES PADILHA

JOSYANE MANSANO

JULIANA BERTHOLDI

LUCIANE MARIA MEZAROBBA

LUCIANA STRINGHINI

MARIA DE LOURDES ROCHA DE SOUZA

MARIANE YURI SHIOHARA LÜBKE

MARILUZ CAPELETO JANDREY

NICOLE TRAUCZYNSKI MUFFONE

NINA ROSA DE LIMA

QUEILA DA SILVA TEROSSI MAKITA

RAFAELA ALMEIDA NOBLE

SUÉLEN JUNGLES DE LIMA

TATIANE DE CÁSSIA VIESE

VANESSA MASSARO

Foto: Divulgação

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