Internauta cobra explicações após áudios da Sanepar: “Se como governador está assim, imagina como presidente”
Comentários nas redes da Gazeta do Paraná expressam indignação, críticas à gestão estadual e cobranças por transparência após denúncia envolvendo a Sanepar.
Créditos: Geraldo Bubniak/AEN
A repercussão da reportagem da Gazeta do Paraná sobre áudios vazados que apontam indícios de corrupção na Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) provocou uma onda de manifestações nas redes sociais do jornal. Leitores e internautas passaram a cobrar explicações do governo estadual e demonstraram indignação com o conteúdo revelado, especialmente diante de menções a agentes públicos e à condução da estatal.
Entre os comentários, há críticas diretas ao governador Ratinho Júnior, além de questionamentos sobre a confiabilidade da Sanepar e o impacto das denúncias sobre tarifas e serviços prestados à população. Um dos comentários mais compartilhados resume o tom predominante: “Se como governador está assim, imagina como presidente”.
Internautas também citaram nomes mencionados nos áudios e em investigações passadas, relacionando-os a supostos esquemas internos e práticas irregulares. “Esse tipo de coisa não surge do nada. Sempre tem alguém autorizando ou fechando os olhos”, escreveu um leitor. Outros apontaram que os episódios reforçam a necessidade de apuração rigorosa e responsabilização dos envolvidos”.
Na véspera de dia de Natal, a capital Curitiba ficou sem abastecimento de água durante o feriado o que causou muita revolta entre os consumidores da companhia.
As críticas se estenderam ao valor das tarifas de água e esgoto também, frequentemente mencionadas como altas e desproporcionais. “A conta de água não para de subir, enquanto surgem denúncias graves dentro da empresa”, comentou outro internauta. Há ainda relatos de consumidores que afirmam se sentir prejudicados por cobranças consideradas abusivas, sem canais efetivos de resposta.
Os internautas dizem também que infelizmente a Sanepar não é mais do Paraná, “já foi vendida sem que prestassem conta da venda. Quem manda lá são os sócios da privatização e só querem lucro e os paranaenses/consumidores ficam com as torneiras secas”.
Parte dos comentários também questiona o debate político em torno do caso, apontando seletividade na indignação pública conforme o espectro ideológico do governo. “Se fosse outro partido, a reação seria diferente”, escreveu um usuário.
Diante da repercussão, a Gazeta do Paraná reforça que seu papel é dar voz à sociedade, cobrar transparência e acompanhar os desdobramentos do caso. As manifestações publicadas refletem a opinião dos leitores e evidenciam a expectativa por respostas claras das autoridades competentes, investigação aprofundada dos fatos e medidas concretas para garantir integridade na gestão pública.
Falta de água na capital causa revolta nos consumidores
Dezenas de bairros de Curitiba e da Região Metropolitana enfrentaram falta de água ou baixa pressão na véspera de Natal. Segundo a Sanepar, o problema atingiu mais de 80 bairros e foi provocado por ajustes operacionais no sistema de abastecimento.
A companhia informou que a situação já foi corrigida, mas a normalização do fornecimento ocorre de forma gradual, com previsão de regularização a partir da madrugada desta quinta-feira (25). O retorno mais lento é atribuído ao feriado, às altas temperaturas e ao aumento do consumo de água.
Além de diversos bairros da capital, localidades de municípios como Almirante Tamandaré, Campo Largo, Colombo, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais e Quatro Barras também foram afetadas.
E não foi só, Ponta Grossa, sofreu por quase 2 meses com a falta de água recorrente neste ano. Vereadores da cidade chegaram abrir uma CPI na época para apurar as constantes interrupções. Ministério Público do Paraná chegou a firmar um acordo com a companhia para compensar os danos decorrentes na época.
VEJA TAMBÉM NA GAZETA DO PARANÁ
