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Pastor é indiciado por crime de homotransfobia contra Erika Hilton

Flávio Amaral, que se apresenta como “ex-travesti”, é acusado de incitar discurso de ódio contra a população LGBTQIA+ e promover práticas de “cura gay”

Por Gazeta do Paraná

Pastor é indiciado por crime de homotransfobia contra Erika Hilton

A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa (Decrin), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), indiciou nesta quarta-feira (2) o pastor evangélico Flávio Amaral pelos crimes de injúria e discriminação motivados por homotransfobia.

Segundo a investigação, Amaral realizava palestras e fazia publicações nas redes sociais com discurso ofensivo e discriminatório contra pessoas LGBTQIA+. Em uma de suas declarações mais repercutidas, afirmou que a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) “não deveria ser incluída no Dia das Mulheres, pois mulher não se vira, mulher se nasce”.

O caso também envolve outras declarações polêmicas. Amaral atribuiu a depressão do padre Fábio de Melo à suposta homossexualidade do religioso, sugerindo que ele sofreria por “falta de sexo”.

Além das falas, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apura o envolvimento de Amaral em práticas de “cura gay” e “destransição”. A investigação foi motivada por uma denúncia apresentada por Erika Hilton e pela vereadora Amanda Paschoal (PSOL), após o suicídio de uma jovem trans de 22 anos que frequentava a igreja dirigida por Amaral. A jovem teria sido submetida a práticas religiosas coercitivas para supostamente “reverter” sua identidade de gênero.

Nos canais que mantém nas redes sociais, Amaral se apresenta como “ex-travesti” e defensor da tese de que a homossexualidade pode ser “abandonada” por meio da fé, do jejum e da oração. Tais práticas, contudo, são condenadas por organismos internacionais de direitos humanos e por entidades médicas.

O inquérito foi concluído e encaminhado ao MPDFT, que agora avalia a apresentação de denúncia formal à Justiça do Distrito Federal. Caso seja condenado por todos os crimes investigados, o pastor poderá cumprir pena de 6 a 15 anos de prisão.

Com informações do Portal Metrópoles

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