Paraná registra mais 1.535 casos e quatro óbitos por dengue

Eliane Alexandrino | Cascavel
Com informações da Sesa

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou, nesta terça-feira (8), o informe epidemiológico semanal da dengue. O Estado contabilizou mais 1.535 novos casos da doença e quatro óbitos. Desde o início do ano epidemiológico de 2025, o Paraná soma 247.134 notificações, com 84.384 diagnósticos confirmados e 101 mortes em decorrência da dengue.

Até o momento, 398 municípios paranaenses já registraram notificações da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, sendo que 379 confirmaram casos positivos. Os quatro novos óbitos ocorreram entre março e junho, sendo três homens e uma mulher, com idades entre 23 e 50 anos. Três das vítimas não apresentavam comorbidades. As mortes foram registradas nos municípios de Palmital, na 5ª Regional de Saúde (Guarapuava); Cafelândia e Cascavel, na 10ª Regional; e Santo Inácio, na 15ª Regional (Maringá).

As regionais de saúde com maior número de casos confirmados são a 17ª RS de Londrina (20.402 casos), 14ª RS de Paranavaí (12.378), 15ª RS de Maringá (10.572), 19ª RS de Jacarezinho (6.788) e 12ª RS de Umuarama (5.127).

Chikungunya e Zika

O boletim também traz dados sobre outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O Paraná confirmou 5.071 casos de Chikungunya, dentro de um total de 10.079 notificações, além de registrar mais dois óbitos. As mortes ocorreram em Ponta Grossa (3ª RS) e Cascavel (10ª RS), elevando para cinco o número de óbitos causados pela doença em 2025.

Quanto ao vírus Zika, foram contabilizadas 125 notificações no Estado, mas nenhum caso confirmado até o momento.

Febre Oropouche

A Sesa também divulgou dados sobre a febre Oropouche. No Paraná, foram confirmados 138 casos autóctones em Adrianópolis e dois em Morretes, além de um caso importado registrado em Arapongas, proveniente do Espírito Santo. A doença é causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) e transmitida principalmente pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Após picar uma pessoa ou animal infectado, o vetor pode transmitir o vírus a outras pessoas.

Situação em Cascavel

Em Cascavel, o último Boletim Epidemiológico divulgado na sexta-feira (4) confirmou mais duas mortes por Chikungunya, somando três óbitos pela doença neste ano. As vítimas mais recentes são uma mulher de 65 anos e um homem de 69 anos, ambos com comorbidades como diabetes e hipertensão. Os óbitos ocorreram em maio.

A primeira morte pela doença no município foi confirmada em maio, envolvendo uma idosa de 93 anos, também com comorbidades, que deu entrada na UPA em 27 de março e faleceu em abril.

No mesmo período, Cascavel contabilizou 339 novos casos confirmados de dengue, mas sem registro de mortes. O boletim também trouxe 75 notificações para o vírus Zika.

Dengue no Brasil

Em todo o país, de acordo com o painel de arboviroses do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou 1.401 mortes por dengue. Outros 538 óbitos estão em investigação, enquanto o total de casos confirmados da doença ultrapassa 1,5 milhão.

Sintomas de dengue:

Febre alta, entre 39ºC e 40ºC

Dores de cabeça e/ou atrás dos olhos

Fraqueza, cansaço e falta de energia

Manchas vermelhas na pele

Mal-estar, dor no corpo e falta de apetite

 

Sintomas de zika

Manchas vermelhas na pele

Febre baixa ou ausência de febre

Olhos vermelhos (conjuntivite)

Dores de cabeça, nas articulações e/ou musculares

Moleza no corpo (Astenia)

 

Sintomas de chikungunya

Febre alta com duração de 2 a 3 dias

Dores intensas nas articulações

Dores musculares e nas costas

Manchas vermelhas na pele

Edema (inchaço) moderado a intenso nas articulações

 

Foto: Assessoria