Panamá, Haiti e Curaçao se classificam para a Copa de 2026; Concacaf define vagas e repescagem
Curaçao estreia no Mundial, Haiti encerra jejum de 52 anos e Panamá volta após oito temporadas
Créditos: Fifa/Reprodução
A última rodada das Eliminatórias da Concacaf definiu mais três seleções classificadas para a Copa do Mundo de 2026. Panamá, Haiti e Curaçao garantiram presença no Mundial e ampliaram para seis o número de representantes da região, já considerando os anfitriões Canadá, Estados Unidos e México.
E, além das vagas diretas, também ficaram definidas as seleções que irão disputar a repescagem mundial: Suriname e Jamaica.
Panamá volta ao Mundial após oito anos
No Grupo A, o Panamá confirmou o favoritismo e venceu a El Salvador por 3 a 0 no Estádio Rommel Fernández. Eric Davies, César Blackman e Luíz Rodríguez marcaram os gols que garantiram a classificação panamenha, levando o país de volta à Copa após oito anos, a última participação foi em 2018, na Rússia.
A vitória afastou qualquer chance de reação do Suriname, rival direto na tabela, que ficou com vaga na repescagem.
Curaçao vive noite histórica e estreia em Copas
A maior história da rodada veio no Grupo B. Curaçao está na Copa do Mundo pela primeira vez em sua história, um feito monumental para uma ilha de apenas 150 mil habitantes. Foi uma noite dos sonhos.
Precisando apenas de um empate, Curaçao foi valente e segurou o 0 a 0 contra a Jamaica, em Kingston, garantindo a vaga diante de um dos rivais mais fortes da Concacaf. Foi uma grande campanha. Liderada pelos talentosos irmãos Bacuna (Juninho e Leandro), a seleção de Curaçao terminou na primeira posição do grupo com 12 pontos, somando três vitórias em seis jogos, entre elas a goleada por 7 a 0 sobre Bermuda e um 2 a 0 contra a Jamaica no primeiro turno.
A classificação veio em meio a um cenário inesperado: na véspera do jogo decisivo, o técnico Dick Advocaat deixou a concentração por motivos pessoais, e o time foi comandado pelo auxiliar Dean Gorré, que é pai de Kenji Gorré, atacante de 31 anos e um dos titulares da seleção.
Curaçao, que chegou a ser 150ª do ranking da FIFA há pouco mais de uma década, ocupa hoje a 82ª posição e entra para a história como o menor país a disputar uma Copa do Mundo, superando a Islândia de 2018.
Haiti encerra jejum de 52 anos e volta ao Mundial
No Grupo C, o Haiti confirmou sua segunda participação em uma Copa do Mundo, algo que não acontecia desde 1974. A classificação veio com a vitória por 2 a 0 sobre a Nicarágua, com um golaço de Deedson e outro de Providence. O resultado, combinado ao empate entre Costa Rica e Honduras, selou o retorno da seleção haitiana ao maior palco do futebol mundial.
Apesar da festa em campo, os jogadores haitianos não puderam celebrar com a torcida. Devido ao grave cenário de violência e instabilidade política no país, toda a campanha das Eliminatórias foi disputada longe de Porto Príncipe. O time atuou como mandante no Estádio Ergilio Hato, em Curaçao.
A classificação é um respiro para uma nação que não realiza eleições presidenciais desde 2016 e enfrenta forte controle de gangues sobre parte do território. Em meio ao caos político, o futebol proporcionou um dos raros momentos de alegria.
Repescagem mundial terá Suriname e Jamaica
Além das três vagas diretas, a Concacaf também definiu os dois representantes na repescagem internacional. Suriname perdia por 3 a 0 para a Guatemala, mas marcou no fim e garantiu vaga na repescagem mundial graças ao empate sem gols entre Honduras e Costa Rica, avançando pelo saldo de gols. A outra vaga ficou com a Jamaica, que também ficou no 0 a 0 contra Curaçao e terminou entre as melhores segundas colocadas.
