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Operação no Rio durou 15 horas, diz governo estadual

Secretário da PM afirmou que confronto se estendeu do início da manhã até a noite; ação é considerada a mais letal da história do estado

Operação no Rio durou 15 horas, diz governo estadual Créditos: REUTERS/Aline Massuca

O secretário de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Marcelo de Menezes, afirmou nesta quarta-feira (29) que o confronto entre policiais e suspeitos durante a Operação Contenção durou cerca de 15 horas, começando por volta das 6h e encerrando-se apenas às 21h da noite de terça-feira (28).

A ação, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, é considerada a mais letal da história do estado. Segundo o balanço divulgado pelo governo fluminense, 119 pessoas morreram, sendo 58 durante os confrontos e 61 corpos encontrados posteriormente em áreas de mata.

A Defensoria Pública do Rio havia informado mais cedo que o número de vítimas ultrapassava 130 mortos, incluindo civis e quatro policiais.

Detalhes da Operação Contenção

A operação foi uma ação conjunta das polícias Civil e Militar, mobilizando cerca de 2,5 mil agentes. Segundo o governo do estado e a Secretaria de Segurança Pública (SESP), o principal objetivo era conter a expansão do Comando Vermelho (CV) e cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes e líderes da facção.

As investigações, conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), duraram mais de um ano. O balanço da operação também registrou 113 prisões e a apreensão de 93 fuzis, número próximo ao recorde histórico do estado.

Entre os detidos está Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão, apontado como operador financeiro do Comando Vermelho e braço direito de Edgar Alves de Andrade, o “Doca” ou “Urso”. Além disso, 10 menores foram apreendidos.

Imagens captadas por drones da polícia mostraram criminosos fortemente armados fugindo em fila pela Vila Cruzeiro, enquanto a operação contou com apoio de helicópteros, veículos blindados e drones táticos.

“Ação legítima”, diz Polícia Civil

O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, classificou a operação como uma “ação legítima” das forças de segurança.

“Foi o maior baque que o Comando Vermelho já tomou desde a sua fundação. Nunca houve perda tão grande de drogas, armas e lideranças. Hoje em dia todo mundo é vítima, o ladrão é vítima da sociedade, o traficante passou a ser filho do usuário”, afirmou.

A operação provocou impactos em toda a zona norte do Rio, com escolas fechadas, unidades de saúde suspensas e linhas de ônibus interrompidas devido aos confrontos.

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