Morreu na noite desta quarta-feira (24), em São Paulo, Tainara Souza Santos, de 31 anos. Ela estava internada desde o dia 29 de novembro, quando foi vítima de agressões cometidas pelo ex-companheiro, Douglas Alves da Silva. Tainara deixa dois filhos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a vítima foi agredida e atropelada pelo autor, que foi preso no último dia 6, após ter a prisão decretada pela Justiça. Com a confirmação da morte, o enquadramento do crime foi atualizado para feminicídio consumado. O caso segue sob investigação da 73ª Delegacia de Polícia da capital paulista.

Segundo informações oficiais, o crime ocorreu após Tainara decidir encerrar o relacionamento, decisão que não teria sido aceita pelo agressor. O episódio se soma a um padrão recorrente de violência contra mulheres no país, em que a tentativa de rompimento da relação resulta em perseguição e agressões. O caso ganhou grande repercussão nacional pela brutalidade e pelo local onde ocorreu, uma das vias mais movimentadas da cidade.

Dados oficiais indicam que o Brasil registra cerca de 1.500 feminicídios por ano, o que representa mais de quatro casos por dia. Especialistas e autoridades apontam a necessidade de reforço em políticas públicas de prevenção, proteção às vítimas e responsabilização dos agressores.

Na noite de quarta-feira (24), em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o combate ao feminicídio será uma das prioridades do governo em 2026. Segundo ele, o enfrentamento à violência contra a mulher deve ser um compromisso coletivo, com atenção especial ao papel dos homens na prevenção e no combate a esse tipo de crime.