Ponto 14

Justiça determina que mulher acusada de maltratar animais seja proibida de manter abrigos

Por Giuliano Saito


Ela mantinha quase 300 cães e gatos em dois espaços em Curitiba. Caso descumpra a ordem, pode ser multada em R$ 1 mil por dia. Mais de 300 cachorros eram mantidos sem água e alimentos em casa de Curitiba Divulgação/Polícia Civil A Justiça atendeu pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e determinou que uma mulher que mantinha centenas de cães e gatos em situação de maus-tratos seja proibida de receber novos animais e suspenda as atividades. A medida foi determinada em ação civil pública ambiental e fixa multa de R$ 1 mil por dia em caso de descumprimento. Maria Inês Demeterco chegou a ser presa em janeiro em operação da Polícia Civil, que resgatou os bichos em dois abrigos nos bairros São Lourenço e Alto da XV. Ela deixou a prisão após pagar fiança e responde ao processo em liberdade. A defesa de Maria Inês tem reiterado não ter dúvidas de que ela será inocentada e que irá apresentar documentos para comprovar isso durante o processo. Frisou, ainda, existir "centenas de protocolos junto à prefeitura e outros órgãos narrando a verdadeira situação do canil e a necessidade de ração e medicamentos aos animais". Mais de 300 cães em situação de maus-tratos são resgatados em Curitiba Os animais foram encontrados sem alimento nem água, mantidos apertados, sem espaço entre eles. Alguns sequer sabiam andar por serem mantidos em caixas de transporte. Leia também: 'Fiz por amor', diz mulher que foi presa após polícia resgatar mais de 200 cães mantidos em situação de maus-tratos em Curitiba Polícia investiga cemitério clandestino de animais em imóvel de mulher presa suspeita de maltratar mais de 200 cães Na decisão liminar (provisória), a Justiça afirmou também que “vislumbra-se possível omissão ou ação insuficiente por parte do Município de Curitiba, o qual tinha conhecimento da situação, conforme documentos oriundos de suas Secretarias, e não adotou medidas eficazes para, ao menos, minimizar o ocorrido". Na época da prisão, o município informou que monitorava Maria Inês há pelo menos nove anos. "Foram diversas visitas ao local, mais frequentes desde 2014, para que fossem verificadas as condições em que os animais eram mantidos", disse a prefeitura em nota. Também segundo a prefeitura, a dona do imóvel comprovava os investimentos em alimentação e cuidados médicos dos animais "apesar do espaço, realmente, não ser o ideal para a quantidade abrigada". Initial plugin text Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Mais notícias do estado em g1 Paraná.