A Itália deu sinal verde, nesta quarta-feira (6), para a construção da ponte suspensa mais longa do mundo, conectando a Ilha da Sicília ao continente através do Estreito de Messina. Com custo estimado em mais de 13 bilhões de euros e extensão de 3,7 quilômetros, o projeto é antigo — vem sendo debatido desde o final da década de 1960 — e agora se torna prioridade do governo da primeira-ministra Giorgia Meloni.
Defendida como um motor de desenvolvimento para o sul do país, a ponte é cercada por polêmicas. Ambientalistas e especialistas expressam preocupações com os impactos ambientais e os riscos sísmicos da região, localizada entre as placas tectônicas eurasiana e africana. O ativista Daniele Ialacqua, em entrevista à Reuters, classificou a obra como "devastadora" e organizações ambientais já acionaram a União Europeia contra o projeto.
Apesar das críticas, o governo italiano aposta na obra como vetor de crescimento econômico e integração territorial. “Não é uma tarefa fácil, mas consideramos um investimento no presente e no futuro da Itália”, afirmou Meloni durante reunião do Comitê Interministerial de Planejamento Econômico e Desenvolvimento Sustentável, que aprovou a proposta. No orçamento da próxima década, 13,5 bilhões de euros já estão reservados para a construção.
Agora, o país entra numa nova fase de sua infraestrutura — entre promessas de progresso e os desafios de equilibrar desenvolvimento com preservação ambiental.

 Créditos: Getty
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