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Investimento de R$ 106 milhões amplia atendimentos médicos no HUOP

Diretor Rafael Muniz faz balanço das melhorias e destaca a importância do hospital para quase 2 milhões de pessoas da região Oeste e Sudoeste do Paraná

Por Eliane Alexandrino

Investimento de R$ 106 milhões amplia atendimentos médicos no HUOP Créditos: Eliane Alexandrino

Eliane Alexandrino/Cascavel

Com o fechamento do antigo Hospital Nossa Senhora da Salete (Hospital do Coração), que ofertava 44 leitos e 10 de UTI, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) passou a absorver a demanda da cardiologia em toda a região. Para dar conta do atendimento, a unidade recebeu novos equipamentos, entre eles o de hemodinâmica, que possibilitou a retomada das cirurgias de revascularização do miocárdio a céu aberto.

Ao todo, foram investidos R$ 106 milhões no hospital. Deste valor, R$ 70 milhões foram destinados a programas, incentivos e contratos com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), e R$ 36 milhões empregados na aquisição de equipamentos.

O diretor do HU, Rafael Muniz de Oliveira, lembra que assumiu a gestão durante a pandemia. “A Secretaria de Estado da Saúde sempre foi parceira. Desde 2020, com o apoio do então secretário Beto Preto e da equipe da Sesa, conseguimos atravessar momentos críticos e, depois, seguir com investimentos que ampliaram o acesso à saúde para a população do Oeste e Sudoeste do Estado”, afirma.

Um dos avanços mais expressivos foi a ampliação de leitos de UTI adulto: “Saímos de 14 para 60 leitos. É um investimento pesado, que custa caro, mas que trouxe maior segurança e qualidade à assistência”, completa Muniz.

Os recursos garantiram a expansão dos atendimentos para os 94 municípios das regiões Oeste e Sudoeste, que somam quase 2 milhões de habitantes, incluindo cidades como Pato Branco, Francisco Beltrão, Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu.

“O HUOP é um dos maiores projetos de extensão da Unioeste. Ele integra ciência e saúde, levando serviços de alta complexidade para toda a população”, destacou o secretário da Saúde, Beto Preto.

Entre os principais investimentos estão a ampliação de leitos de UTI adulto e pediátrica, além da modernização do setor de cardiologia. “Reorganizamos as equipes, a folha de pagamento e adquirimos equipamentos, todos financiados pela Sesa. Começamos realizando duas cirurgias cardíacas por semana. Em 2025, passamos a três e, desde julho, realizamos quatro semanalmente”, explica Muniz. Além das revascularizações, o setor realiza também cirurgias para troca de válvulas, como a aórtica.

Estrutura hospitalar

Hospital-escola vinculado à Unioeste, o HUOP possui hoje 373 leitos, ambulatórios de especialidades, centro cirúrgico, centro obstétrico, UTIs adulto, pediátrica e neonatal, pronto-socorro, diagnóstico por imagem, radiologia e banco de leite humano. São 21,6 mil metros quadrados de estrutura e 1.964 profissionais envolvidos.

Em 2024, foram registrados 85.334 atendimentos ambulatoriais, 6.434 cirurgias de urgência e emergência e 1.800 eletivas, totalizando mais de 8 mil procedimentos cirúrgicos, um aumento de 27% em relação a 2023.

Maternidade e pediatria

Outra área que recebeu investimentos significativos foi a maternidade, referência em partos pelo SUS. A nova ala materno-infantil Elvira Feiten Franz, inaugurada em 2024, possui cinco mil metros quadrados, três andares e 168 leitos entre adultos e neonatais, além de UTI e Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal (UCI). O investimento foi de R$ 19 milhões.

O número de partos realizados subiu de 300 para 450 por mês. Houve ainda a duplicação dos leitos de UTI pediátrica, que passaram de cinco para dez. “Isso foi fundamental, pois muitas crianças aguardavam cirurgias eletivas e necessitavam de terapia intensiva no pós-operatório. Agora conseguimos atender a essa demanda sem prejudicar os casos de urgência e emergência”, afirma Muniz.

A ampliação da maternidade também liberou espaço dentro do hospital, permitindo a abertura de novos leitos de enfermaria.

Pilar da saúde pública

O HUOP é referência em alta complexidade, especialmente em cirurgias bariátricas, cardiovasculares, vasculares e neurológicas. “Considero o HU um pilar da saúde pública do Paraná, junto aos demais hospitais universitários do Estado. Mesmo diante da superlotação no pronto-socorro, não deixamos de atender o paciente, realizar exames e dar o tratamento adequado”, finaliza o diretor.

Foto: Eliane Alexandrino

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