Haddad comemora suspensão das atividades da Refinaria de Manguinhos e cobra ação do governo do Rio
Ministro da Fazenda diz que decisão do STJ é “exemplar” e aponta falhas do governo fluminense no combate a fraudes no setor de combustíveis
Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou nesta quarta-feira (29) a interrupção das atividades da Refinaria de Manguinhos (Refit), no Rio de Janeiro, determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A medida foi tomada após a refinaria ter sido alvo de operação policial no mês passado, em ação conjunta da Receita Federal e da Polícia Civil, que apurava crimes tributários e fraudes no setor de combustíveis.
“Quando falo da fraude, não estou nomeando quem fraudou, mas que aconteceu, aconteceu. Isso é público. O destino da mercadoria era outro, e o conteúdo declarado não confere com os laudos feitos na apreensão. São crimes tributários que precisam de punição exemplar”, afirmou Haddad.
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STJ revoga liberação e mantém paralisação
O governo do Rio de Janeiro havia pedido a reativação da refinaria, alegando perda de receitas estaduais com a suspensão das atividades. O pedido chegou a ser aceito na segunda-feira (27), mas o STJ voltou atrás e determinou nova interrupção das operações.
A Refit (antiga Refinaria de Manguinhos) é uma das principais distribuidoras regionais e vinha sendo investigada por sonegação de impostos, adulteração de combustíveis e movimentação irregular de cargas.
Críticas ao governo fluminense
Durante entrevista, Haddad voltou a criticar o governador Cláudio Castro (PL-RJ), afirmando que o estado enfrenta um grave problema com o crime organizado no setor de combustíveis.
“Deixo um apelo ao governador do Rio de Janeiro para se inteirar da situação. Parece-me que ele não está ciente do que está acontecendo, a julgar pela atuação do governo estadual nesse caso”, declarou o ministro.
O chefe da pasta da Fazenda ressaltou que o esquema de fraudes no mercado de combustíveis gera prejuízos bilionários aos cofres públicos e financia atividades ilegais ligadas a organizações criminosas.
