Guia passou a noite junto a corpo de brasileira em vulcão na Indonésia
Alpinista voluntário enfrentou noite perigosa para impedir queda de mais 300 metros
Por Gazeta do Paraná
O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi resgatado nesta quarta-feira (25) após uma operação de mais de sete horas no vulcão Rinjani, na Indonésia. Ela havia caído em um penhasco de difícil acesso enquanto fazia uma trilha, e foi encontrada sem vida após quatro dias de buscas.
O resgate foi liderado voluntariamente pelo experiente alpinista Agam Rinjani, conhecido por sua atuação em áreas de risco extremo na ilha de Lombok. Nas redes sociais, Agam relatou que precisou passar a noite ao lado do corpo de Juliana para evitar que ela deslizasse ainda mais penhasco abaixo.
“Nós ficamos na beira do penhasco que tem 590 metros de altura com Juliana por uma noite, instalando âncoras para não deslizar mais 300 metros”, explicou o guia, emocionado.
Segundo ele, as condições climáticas adversas, a baixa visibilidade e o terreno escorregadio dificultaram muito o acesso ao local. Mesmo assim, Agam e um parceiro encararam diariamente o trajeto de mais de seis horas até o ponto onde a brasileira havia caído.
Juliana Marins era natural de Niterói (RJ) e viajava sozinha pela Ásia desde fevereiro. Ela fazia a trilha com um grupo de turistas, após contratar uma empresa local. Durante a subida, escorregou e caiu em uma vala profunda, sendo localizada apenas dias depois.
A família confirmou, pelas redes sociais, que o resgate foi interrompido na segunda-feira (23) por conta das más condições climáticas. Juliana foi encontrada morta na terça-feira.
Com informações do Portal Metrópoles
