EUA ampliam presença militar na costa da Venezuela em meio a tensões com Maduro
Tensão cresce no Caribe: destróier, submarino e aviões dos EUA reforçam presença militar próxima à Venezuela
Por Gazeta do Paraná

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificará na próxima semana a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, com o envio de novas unidades militares à região. O destróier USS Lake Erin, capaz de disparar 122 mísseis, e o submarino de ataque nuclear USS Newport News se somarão às forças americanas já presentes na costa venezuelana, patrulhada por aviões de vigilância.
Desde a semana passada, os navios de guerra USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson atuam na região. Além deles, três contratorpedeiros do grupo Anfíbio de Prontidão (ARG) retornaram à área nesta segunda-feira (25), após terem sido forçados a voltar aos EUA devido ao furacão Erin. As embarcações americanas poderão ser utilizadas para operações de inteligência, vigilância e ataques direcionados, segundo fonte da Reuters que pediu anonimato.
O aumento da presença militar será acompanhado pelo avião Poseidon P-8, da Marinha dos EUA, que opera a partir de San Juan, em Porto Rico, realizando voos circulares nos arredores de Aruba, ao norte da Venezuela, para localizar semissubmersíveis usados pelo narcotráfico para transportar drogas ao México. Um Boeing E-3 Sentry também foi identificado na costa venezuelana, empregado na detecção de alvos estratégicos.
Tensões em alta
O reforço militar ocorre em meio a uma escalada das tensões na região. No início de agosto, o governo Trump elevou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro. Em resposta, o líder chavista declarou, no dia 18, que a Venezuela “defenderá nossos mares, nossos céus e nossas terras” contra “a ameaça bizarra e absurda de um império em declínio”, sem citar diretamente os EUA. Maduro também mobilizou 4,5 milhões de milicianos em todo o país, apresentando a ação como estratégia de segurança nacional.
No dia seguinte, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os Estados Unidos utilizarão “toda a força” contra o regime chavista. Estima-se que cerca de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais serão deslocados para o sul do Caribe, com o objetivo de combater cartéis de narcotráfico considerados organizações terroristas pelo governo americano.
