GCAST

DPU solicita notificação formal de Eduardo Bolsonaro antes de apresentar defesa no STF

Defensoria Pública da União pediu que o deputado, que está nos Estados Unidos, seja comunicado por carta rogatória antes de entregar defesa em processo que apura coação judicial.

DPU solicita notificação formal de Eduardo Bolsonaro antes de apresentar defesa no STF Créditos: Marcelo Camargo/EBC

A Defensoria Pública da União (DPU) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) seja notificado formalmente por carta rogatória antes da apresentação de sua defesa prévia. O pedido foi feito após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, intimar a instituição a atuar em nome do parlamentar, que atualmente reside nos Estados Unidos.

A determinação de Moraes está relacionada à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Bolsonaro e o influenciador Paulo Figueiredo, ambos acusados de coação em processo judicial durante o julgamento de uma ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Inicialmente, o ministro havia determinado que o deputado fosse notificado por meio de edital, mas, diante da ausência de defesa, a DPU foi designada para representá-lo no processo.

Em manifestação enviada ao STF, a Defensoria argumentou que a notificação por edital não garante a validade do processo e pode comprometer o direito de defesa do parlamentar.

LEIA TAMBÉM NA EDITORIA PÚBLICO 

•Paraná quer transformar área da nova Ponte de Guaratuba em polo turístico com Complexo Náutico

•Celepar é denunciada ao TCE por contrato com a Google

•Governo anuncia apoio a pacientes e serviços que oferecem radioterapia

“Apresentar resposta em seu nome significaria dar curso ao processo sem cientificação válida e regular, suprimindo o direito de ser formalmente chamado a exercer sua defesa e a escolher seu advogado”, afirma o texto encaminhado pela DPU.

A instituição também declarou que não conseguiu estabelecer contato com o deputado, o que inviabiliza a elaboração de uma defesa técnica adequada.

“Não há meios de contatá-lo para preparar a defesa. Na prática, está-se a atribuir à DPU a elaboração de uma defesa meramente formal, sem diálogo com o denunciado e, portanto, sem constituir verdadeira defesa”, completou o órgão.

O pedido agora será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, que decidirá se o pedido de carta rogatória, mecanismo jurídico usado para comunicações oficiais com pessoas fora do país, será aceito antes da continuidade do processo.

Acesse nosso canal no WhatsApp