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Conta de luz ficar mais cara a partir desta terça-feira (24)

Reajuste da Copel será de 2,02% e atinge consumidores residenciais, comerciais e industrias do Paraná

Por Eliane Alexandrino

Conta de luz ficar mais cara a partir desta terça-feira (24) Créditos: Divulgação/Copel

Eliane Alexandrino/Cascavel

 A partir desta terça-feira (24), os paranaenses vão pagar mais caro na conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou um reajuste médio de 2,02% nas tarifas da Copel. O aumento impacta consumidores residenciais, comerciais, industriais, do setor de serviços e também a iluminação pública.

De acordo com a Copel, parte desse reajuste – cerca de 1,27% – se deve à atualização de custos operacionais, depreciação e remuneração, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumulou alta de 5,44% no período analisado.

Outro fator que pesou foi o aumento de 4,30% nos encargos setoriais, transporte e aquisição de energia. O destaque ficou para a alta de 5,79% na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Por outro lado, houve uma leve redução de 2,46% nas despesas com transporte, o que ajudou a amenizar o impacto.

Além disso, a Copel informou que foi considerada no cálculo a devolução de cerca de R$ 864,5 milhões aos consumidores, referente a créditos de PIS/Cofins, conforme a Lei Federal nº 14.385/2022.

O reajuste atinge todas a faixas consumidoras: Alta tensão: indústrias e grandes empresas (classes A1, A2, A3 e A4) e baixa tensão: residências (B1), rural, agropecuária, cooperativas (B2), comércio, serviços e setor público (B3), além da iluminação pública (B4).

Porque subiu?  Segundo a Aneel, os principais fatores que influenciaram o reajuste foram: Custos de compra e distribuição de energia; Encargos setoriais, como a CD exclusão de componentes financeiros de revisões anteriores.

O aumento começa a valer já nas contas de energia emitidas a partir desta terça-feira (24).

Reajuste por consumo médio:

Baixa tensão em média: Aumento de 1,55%

Alta tensão em média: Aumento de 2,99%

Geral para o consumidor será de 2,02% a mais por mês

 

Cascavel tem 142.843 unidades consumidoras residenciais:

Deste total, 8.158 unidades consumidoras, com média de consumo de até 150 kWh/mês, têm conta de luz gratuita pelo Programa Energia Solidária, do governo do Estado. 

Operacionalizado pela Copel, o Energia Solidária atende às famílias cobertas pelo programa federal Tarifa Social, com consumo médio de até 80kWh/mês, e vai além, ampliando a faixa de gratuidade às que consomem, em média, até 150 kWh.

São beneficiárias do Programa Energia Solidária, famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda per capita de até meio salário-mínimo (R$ 759,00 em 2025), ou com pessoa que receba o Benefício da Prestação Continuada. 
Só no ano passado, o Energia Solidária atendeu, em média, mais de um milhão de pessoas no Paraná.

Como economizar?

O chuveiro elétrico continua sendo o principal vilão da conta de luz, especialmente no inverno. A dica é reduzir o tempo de uso e ajustar a chave para “morno” sempre que possível.

Outro grande consumidor é a geladeira. Para economizar, recomenda-se abrir a porta o mínimo possível, retirar todos os itens de uma vez e manter a borracha de vedação sempre em boas condições. Também é importante evitar colocar roupas para secar na parte traseira da geladeira, prática que aumenta o consumo.

O ferro elétrico também é um dos aparelhos que mais gastam energia. Por isso, o ideal é acumular roupas e passar tudo de uma vez, evitando o liga e desliga constante, que eleva o consumo.

O que diz a Copel?

A Copel informou que o reajuste é definido anualmente pela Aneel e, apesar do aumento de 2,02%, o índice ficou abaixo da inflação acumulada pelo IPCA, que foi de 5,32% nos últimos 12 meses.

A companhia destacou ainda que, mais uma vez, aplicou a devolução de recursos aos clientes, decorrente de uma medida judicial que garantiu a restituição de valores cobrados indevidamente pelo governo federal na base de cálculo do PIS/Cofins. Ao todo, são cerca de R$ 864,5 milhões sendo devolvidos aos consumidores.

O anúncio do reajuste foi feito durante reunião ordinária da Aneel, quando os diretores ressaltaram que, sem o peso dos encargos setoriais, o aumento poderia até ser negativo. Esses encargos são valores incluídos na conta de luz para custear políticas públicas e subsídios no setor elétrico nacional.

A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), por exemplo, financia a expansão do acesso à energia em áreas remotas, a geração em sistemas isolados (como termelétricas e usinas solares) e subsidia tarifas para consumidores de baixa renda, produtores rurais e aqueles que possuem geração distribuída (energia solar em residências e empresas).

Foto: Divulgação

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