Câmara deve votar pacote econômico do governo na próxima semana
Proposta discutida entre Hugo Motta e Gleisi Hoffmann busca compensar a perda de arrecadação com a derrubada da MP que alterava o IOF

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (23) que a Casa deve iniciar, na próxima semana, a votação do pacote econômico apresentado pelo governo federal. A proposta tem como objetivo repor a arrecadação perdida após a derrubada da medida provisória (MP) que previa o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
De acordo com Motta, o governo ainda define quais medidas serão adotadas para equilibrar as contas. “É a pauta da Casa. O governo está decidindo o que vai usar nessa questão para repor o que foi perdido na medida provisória”, declarou o parlamentar a jornalistas após reunião com os líderes partidários.
Apesar do avanço nas tratativas, o presidente da Câmara disse que o corte linear de 10% nos benefícios tributários ainda não tem previsão para ser analisado. “Isenções ainda não, ficará mais para a frente um pouco. Mas queremos avançar”, explicou.
A decisão de acelerar a tramitação do pacote ocorreu após um encontro, na noite de quarta-feira (22), entre Hugo Motta e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, na residência oficial da Câmara. Segundo apuração do Metrópoles, a ministra teria se comprometido a agilizar o pagamento de emendas parlamentares caso o Congresso avance com as propostas, o que ajudaria o governo a fechar as contas públicas e aprovar o orçamento de 2025 ainda neste ano.
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O pacote econômico, elaborado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será dividido em três frentes principais: Corte de despesas públicas; Redução de benefícios tributários; Taxação de casas de apostas (bets) e fintechs.
A expectativa no Planalto é que o conjunto das medidas contribua para recompor o caixa do governo e manter o compromisso com o arcabouço fiscal, um dos pilares da política econômica da gestão Lula.
